Capítulo Onze
Renesmee estremeceu.
Jacob olhou o seu ar de pânico, e colocou-a atrás de si. Este ficou de seguida em posição de ataque, e com a cara flectida, e a rosnar.
Odiei aquela situação.
Ele estava ali, a protege-la. A horrenda semi-vampira, do Clã dos Cullen!
-Senhores, fomos ofendidos, por vós, lobisomens. - Começou Aro. - Mataram um dos nossos, e atreveram-se a vir até aqui, a Volterra, o nosso território.
-Meteram-se com… os vampiros errados. - Ironizou Marcus.
Comecei a rosnar.
-Segnora, acalme-se. Ainda não fizemos nada.
-Sim, ainda. - Disse Caius, friamente.
Senti uma enorme fúria dentro de mim. Só queria atacá-los. Mas por muito que me custe admitir, seria facilmente derrotada. Eles são imensos. Aquelas sanguessugas nojentas que têm a mania que são da realeza têm um enorme exército.
Seria facilmente aniquilada.
-O que querem? - Começou Alice. - Meus caros, somos como família. E… tenho a certeza que o que aconteceu foi um incidente! Além disso, o lobisomem era bastante jovem, recém nascido, até! A alcateia não deu por conta dele. Isso, vos garanto. E, meus caros, já nos conhecemos à muito tempo. E conhecem o Carlisle acima de tudo, sabem que ele não permitiria tal coisa.
-Minha querida Alice, o problema é que, o jovem veio amando de alguém.
-NÃO FOMOS NÓS! - Exaltou-se o Jacob. Ele tinha toda a razão. Só descobrimos a existência do puto à pouquíssimo tempo! Aarrrggg, odeio estas sanguessugas!
-Monsieur Jacob, não vos acusámos. Aliás, nós íamos resolver este problema. Á nossa maneira.
-Permita-me se estou a ser inconveniente, mas, como Alfa da Alcateia, gostava de saber… qual seria o vosso método… - Disse Sam.
Os Volturi, bem como alguns elementos da sua escolta, começaram a rir. Soltaram umas gargalhadas irritantes, e suficientemente sonoras para despertar desconforto.
-Bem, seria... acabar com o jovem atrevido.
-Isso se, meus caros, não se tivessem dirigido para aqui. Acho que... cometeram um erro.
-Não gostamos muito de lobisomens do tamanho de cavalos, na nossa terra.
-Vão... matar-nos? - Questionou Renesmee, a tremer, e com uma enorme insegurança visivel na sua voz.
Que nervos, a miúda é mesmo sonsinha, e pode estar a deitar tudo por água abaixo!
-Minha menina, gosta-mos muito de si, assim como as suas queridas parentes. E temos acima de tudo, respeito pelo Carlisle. Mas, o mesmo já não posso dizer dos lobisomens...
-Por favor... por favor, não façam mal ao Jacob... nem aos restantes membros da alcateia... eles... eles não tem culpa! - Ela estava agora a chorar. Esta miúda está a meter-me uns nervos...
-Não os vamos matar.
-NÃO?! - Exaltou-se Marcus. - Aro, eles mataram um de nós, e vieram até aqui, toda a alcateia! É uma ofensa!
-Calma Marcus. Eu acredito na palavra do Monsieur Jacob, e do Alfa. Pelo menos até prova em contrário.
-Portanto, não pensas fazer nada, deixá-los impunes?!
-Claro que não. Vamos terminar tudo isto.
-O que vão fazer? - Perguntou Sam. Não tinha reparado que se encontrava ao lado de Jacob, e... o Jacob estava abraçado à sanguessuga! - E, o que aconteceu ao Kieran?
-O jovem intrometido? Não se preocupe, desse, nós já tratámos.
-O que lhe fizeram?! - Exaltou-se Jacob.
-Matámo-lo. Assim como ele matou um de nós.
-E a nós... o que vão fazer? - Perguntou Renesmee.
-Sugiro que os Alfas sofram as consequências. - Estremeci com esta ideia. O JACOB NÃO!
-NÃO, POR FAVOR O JACOB NÃO! - Começou ela a gritar. Ai, se eu não estivesse transformada! Agora ela é que fica com o papel de coitadinha, e de menina defensora dos lobos! E claro, o Jacob...
-Calma menina Renesmee. Não os mataremos. Como eu disse, pelo menos até que surjam provas, que os incrimine.
-Então... o que querem? - Perguntou Jacob.
-Bem, vieram até aqui. E... causaram-nos alguns precalços. E... o Felix, a Jane e o Alec, podiam brincar um bocadinho. - Disse Caius, com um enorme sorriso nos lábios.
Eles que não pensem. Eles que nem se atrevam. Eu mato-os! Odeio estas sanguessusgas nojentas, aliás, como todas as sanguessugas!!
“Controla-te maninha! Não sabes o que vai acontecer, e não vais estregar tudo, não agora!” - Era Seth quem me falava em pensamento. Já me tinha esquecido, que tudo no que eu penso, todos os lobos o sabem.
-Então, querem luta, é? - Perguntou Jacob, de um modo rude e cruel.
-Não Monsieur. - Que nervos, estes e o “Monsieur”... - Vocês não vão ripostar, apenas “sofrer” um bocadinho, e conhecer as aptidões e dons dos meus companheiros. - Disse Aro. - Penso que é justo, visto que, o preço certo, seria... matar-vos.
-Eu sofro as consequências. Sozinho. Deixem o Sam. Façam o que quiserem, comigo, deixem a Renesmee e os outros em paz. - Disse Jacob.
-Como queira. Mas, fique sabendo, que vai ser doloroso. - Fez uma pausa, para uma leve gargalhada. - Muito bem. Já perdemos tempo suficiente. Jane, Alec, Felix, Demetri. Divirtam-se. - Dito isto, os quatro mencionados deram dois passos em frente, com um enorme sorriso nos lábios.
Os Volturi e a sua enorme escolta, desapareceram de seguida. Deixando só ali aqueles 4 imundos.
-Diversão. - Foi o único que o grandalhão com ar de gorila, Felix, disse.
-Lembrem-se grandalhões, só eu. - Disse Jacob, com o cuidado de solterar palavra a palavra.
“Seth, temos de os impedir, vão matá-lo! Não aguento!”
“Não Leah!”
“Eu queria entrar na acção. Estou cá com uns nervos...” - Pensou Paul.
“Tu está também quietinho!”
“Seth, não te armes! Temos de o impedir, e todos estamos de acordo!” - Pensei.
“Ouvis-te o Jacob. E ele é superior, faz o que ele manda, e cala-te.” - Pensou Seth. Odeio-o!
-Okay... primeiro o Alec, depois eu, e por fim, para dar os grandes golpes finais, o Felix e o Demetri. - Disse Jane, sorrindo.
-NÃO! ELE NÃO! TORTUREM-ME A MIM! - Gritava a Renesmee. Miúda histérica...
-Não Nessie! - Disse Jacob, agarrando-a com força. - Eles não me vão matar. Eu amo-te. E aguento isto.
-Mas não tens de o fazer... - Disse ela a chorar.
-Tenho. - Depois deu-lhe um beijo, que me fez rosnar de imediato. - Comecem. - Pediu.
-Não! - Gritou ela de novo.
-Eu seguro-a! - Informou Demetri, agarrando-a com força, com tanta que a fez estremecer de dor.
Finalmente algo decente, no meio de tudo isto...
-Hai-de vocês que a magoem!
-Cala-te rafeiro. - Disse Felix. - Agora, Alec... tira-lhe os sentidos.
-Assim o farei. - Disse ele.
Vi o olhar de pânico da Rosalie oxisnada e da Alice duende irritante.
No mesmo instante, Jacob caiu no chão. Desorientado, com um olhar vazio. Não tinha alma. Não era ele. Não era o meu Jacob Black...
-Jane... - Disse Alec, dando-lhe espaço. Esta aproximou-se mais de Jacob e semicerrou os olhos.
Jacob arqueou de imediato a coluna. Começou a gritar frenéticamente.
Todos nós, incluindo as sanguessusgas, ficámos abismados com tal situação.
O Sam foi um cobarde.
Não fez nada.
Deixou que o Jacob se sujeita-se a tal situação... agora ele estava ali, a contorcer-se de dor...
-Não, não, não...! - Era o unico que ela dizia. Não parava de se contorcer nos braços de Demetri.
-Felix... - Disse Jane.
Este veio de imediato. Pegou Jacob pelos colarinhos, indefeso, com dor, e sem sentidos, e começou a espanca-lo.
Numa fracção de segundo, atirou-o ao ar, e, deu-lhe um enorme pontapé na nuca, que o projectou mais de 100 metros.
-JACOB! - Gritou a Renesmee.
-Vamos embora. - Disse Jane. - Está tudo tratado, agora partam senhores. E non tornare indietro. Questo può succedere anche a te. E ci possono essere incidenti mortali la prossima volta. Il caso non è chiuso. Arrivederci.
-Jacob, meu amor, como estás? Consegues ouvir-me?! - Renesmee estava agachada junto ao seu corpo. Junto a uma imensidão de árvores partidas. E muito sangue.
Este, finalmente começou a abrir os olhos.
-Jacob! - Gritei entusiasmada.
-Quem... quem são vocês? O-onde es-t-t-tou?
-Oh meu Deus Jacob! Sou eu, a Renesmee! Não me reconheces?
-Não...
-Eu sou a tua...
-...é uma ex-namorada tua Jake! Muito ciumenta!
-O QUÊ? - Exaltou-se. Não lhe liguei.
-E tu... quem és?
-A tua namorada. E nós amamo-nos.
Tinha de aproveitar a oportunidade.
Quero ser feliz.
Tenho esse direito. E farei tudo o que seja necessário para o conseguir.
Todos ficaram petrificados a olhar-me.
Vi o ar de satisfação na cara da sanguessuga oxisnada, e percebi de imediato que se necessário, teria o seu apoio.
-Então... ajudas-me a levantar... amor?