A história de encantar de hoje é da Catarina Monteiro de Aragão, 16 anos, de Guimarães, mas já sabes que também tu podes ter a tua história de encantar aqui publicada basta enviares "Uma História de Encantar" para twilightportugal@gmail.com, com o teu nome.
No dia 16 de Junho deste ano, enquanto esperava pelo meu namorado no centro da cidade, decidi dirigir-me à Biblioteca Municipal para matar o tempo. Subi ao primeiro andar e dirigi-me à secção dos fundos, a secção da literatura estrangeira e, como sempre, sentei-me aleatoriamente no chão, a perscrutar as lombadas dos livros até encontrar algum livro interessante. Engraçado, pela primeira vez sentei-me em frente da estante dos M's, e um livro com um nome interessante chamou a minha atenção - "Crepúsculo". Crepúsculo?, interroguei-me. Bolas, o que é isto? Levantei-me, peguei no livro e voltei a sentar-me no chão. Que capa soberba ele tinha! E a contra-capa? Cortou-me totalmente a respiração e, sem demoras, sentei-me no chão a lê-lo. Quando dei por mim (porque uma bibliotecária me abanou insensivelmente), o meu namorado já me tinha ligado mil e uma vezes e já se tinha passado mais de uma hora e a Biblioteca ia fechar. Fiquei possessa! Levantei-me relutantemente, requisitei o livro e fui ter com o meu namorado. Pela primeira vez estava distraída ao pé dele e desesperada por ir embora! Quando finalmente cheguei a casa meti-me no meu quarto e só parei de ler de madrugada... Uma noite totalmente em branco, pois, quando acabei de ler, mil e uma sensações transbordavam na minha cabeça e reclamavam explicação. Uma noite em que me tornei uma fã obcessivo-compulsiva da Saga Luz e Escuridão.
Quando tive oportunidade, no dia seguinte, revirei a Internet de uma ponta à outra à procura de mais informação sobre o livro – foi assim que descobri o site Twilight Portugal e ainda que, oh meu deus, Crepúsculo tinha uma continuação! Procurei o livro por todo o lado e, desesperadamente, nesse mesmo dia, não o encontrando, tirei-o, sem querer saber de mais nada, em brasileiro da Internet. Devorei novamente até à madrugada do dia seguinte e o mesmo aconteceu com Eclipse.
Foram três dias em que não me senti eu. Três dias em que morri para dentro daqueles livros, daquelas palavras que me contavam algo que eu, desesperadamente, queria tanto, tanto. Três dias em que só me senti viva de noite, nos momentos em que lia e lia, mergulhava na cabeça da Bella, era tocada e inebriada pelas palavras do Edward...
Por fim, obviamente, veio a depressão. Na verdade, nunca foi fácil para mim lidar com o mundo em que vivemos, em aceitar esta realidade – para mim sempre foi mais fácil mergulhar nos meus livros. Tinha a cabeça num torvelinho, as ideias esgotadas de si... Até que a luz veio. Lentamente. Tirando-me o sufoco. É claro que a obcessão não cessou, mas conforme as ideias se organizavam na minha cabeça, tudo se tornou mais leve! Crepúsculo para mim significou um mundo, e significará sempre. Enquanto a realidade se separar da imaginação :)
Um beijinho,
Catarina Monteiro de Aragão