Segunda-feira, 29.09.14

Os realizadores adoram-no. As raparigas gritam por ele. Mas Robert Pattinson consegue fazer tudo isto sem constar na lista dos privilegiados – pelo menos baseando-nos no seu último filme, “The Rover”, um thriller pós apocalíptico no qual contracenou com Guy Pearce.

 

Filmado no deserto australiano, não havia 30 “trailers” nem nenhum “catering” de cinco estrelas. “Eu fiquei muito contente em sobreviver com pão e molho de churrasco durante dois meses e meio”, diz ele. Não, não era nenhuma dieta maluca, Pattinson simplesmente não queria apanhar nenhuma intoxicação alimentar.

 

“Havia tantas moscas lá… simplesmente não queria comer merda de mosca.”

 

Felizmente, R-Patz viveu para contar a história. Hoje encontramo-nos num ambiente um pouco mais salubre de um luxuoso hotel em Londres. Vestido com calças de ganga, barba por fazer e equipado com os seus óculos de sol e o seu boné de beisebol, duas ferramentas essenciais para fugir aos olhos curiosos.

 

No dia anterior, promoveu “The Rover”, em Londres no “BFI Southbank”. “Noventa por cento das pessoas lá fora, eram vendedores de autógrafos”, diz ele. “Eu penso: “Sabem que isso não vale nada, não sabem?!” Assinei tantos.”

 

É uma resposta modesta típica de Pattinson, natural de Barnes, cuja carreira foi lançada ao interpretar o papel de Edward Cullen em Crepúsculo, mas que parece desconfortável com a fama que trouxe. O actor de 28 anos sabe o quanto a saga de vampiros o tem ofuscado.

 

“As pessoas que só viram Crepúsculo… Não sei o que pensam sobre mim”, ele suspira. O que ele quer é credibilidade.

 

“O Rob luta para ser visto como actor, em vez de uma estrela de cinema”, disse o realizador Anton Corbijn, quando trabalho com ele no seu próximo filme, “Life”. “Ele está realmente a tentar provar o seu valor.”

 

É por isso que Pattinson aceitou fazer o “The Rover”, no qual interpreta Rey, um sobrevivente no mundo, 10 depois de um colapso económico global.

 

“Nunca trabalhei tanto para uma audição”, diz ele sobre entrar na sala de audição “já em personagem”, vestido igualmente para o papel. “Estava realmente obcecado com isso.

 

Você pode ver o porquê: Patttinson revelou-se no isolamento das filmagens no deserto. Pergunte-lhe o que ele faz por diversão a um Sábado à noite e basta um carro e uma moeda. “É só colocar o pé no chão, ir até a uma estrada próxima, atirar a moeda ao ar e tomar uma decisão para que lado ir… Acabei no meio do nada.”

 

Isso dever ser uma perspectiva atraente quando uma pessoa está habituada a ser perseguida por um exército de fãs e fotógrafos. Pattinson aparentemente saiu ileso, porém atribui isso a um bom grupo de amigos desde a sua juventude.

 

“Quando a sua vida social gira em torno de pessoas que encontramos depois de se ser famoso, fica um pouco estranha”, diz ele. “Além disso, consegui que minha vida fosse um pouco melhor nestes últimos anos.”

 

Saiu da casa que dividia com a sua co-estrela em Crepúsculo, Kristen Stewart (separaram-se pela primeira vez em 2012, depois da traição desta com o realizador, Rupert Sanders).

 

“Tinha paparazzi fora da minha casa todos os dias e isso deixava-me louco. Demorei alguma tempo para perceber que: “Se isso te deixa louco, tens que realmente arranjar uma forma de parar isto.””

 

Filmar em locais exóticos que o levam para fora do olho público, parece ser o plano de Pattinson. Interpretou “TE Lawrence” – mais conhecido como o Lawrence da Arábia” – no filme “Queen of the Desert” com a Nicole Kidman, o que o levou a Marrocos.

 

Agora, irá para a Colômbia para fazer o filme “The Lost City of Z”, interpretando o papel de assistente do famoso explorador britânico Percy Fawcett, interpretado por Benedict Cumberbatch da série “Sherlock”. “Será uma filmagem impossível”, diz ele. Bem, será, caso alguns fãs dos dois se encontrem na selva.

 

 

Crítica ao filme: “The Rover”

 

Robert Pattinson interpreta um simplório americano repleto de tiques, sendo uma das muitas surpresas deste filme. O realizador David Michôd, do filme “Animal Kingdom”, criou um thriller electrizante num deserto australiano pós-apocalíptico, onde o desespero e o isolamento levam a que todos se tornem loucos.

 

O nosso protagonista é o Eric (Guy Pearce), que dirige em silêncio até uma província em ruínas. O seu carro é roubado. Perseguindo os ladrões, ele fará de tudo para obter o seu carro de volta, incluindo raptar um membro desse mesmo “gangue”, Rey (Pattinson).

 

Porquê tanto desespero por causa do carro? É uma das muitas questões colocadas por este thriller misterioso, que oferece uma visão intrigante sobre o mundo sem regras – ou muito poucas são aplicadas numa Austrália rural. Michôd não alimenta a plateia de informações sobre a sua cultura distópica, encorajando-nos a perceber tudo isso sozinhos.

 

O resultado é um filme absorvente com uma atmosfera e um valor de choque. Temos uma pequena ideia do que esperar deste mundo, o que se assemelha ao que pensamos, porém com um toque mais obscuro.

 

Pearce é excepcional como homem endurecido que é um mistério por conta própria: enigmático, monossilábico, de raciocínio rápido, desanimado… um solitário, cujos restantes e poucos princípios que lhe restam são revelados gradualmente ao longo do filme.

 

Enquanto Pearce é a estrela indiscutível do “show”, Pattinson afirma-se com seu próprio gaguejar jovem que se sente cada vez mais, após ser abandonado pelo seu irmão (Scoot McNairy), virando-se assim para o homem mais velho que o acompanha. O Síndrome de Estocolmo ajustado transforma-se numa espécie de “romance” amargamente unilateral.

 

Também quem faz uma agradável aparição é Susan Prior, de “Animal Kingdom” como mulher independente que ajuda, a contragosto, estranhos necessitados, mostrando a Rey a única ternura que há imenso tempo ele desconhecia.

 

É uma visão sombria de uma sociedade sem lei: algo que já vimos antes, como é óbvio, mas Michôd dá-lhe uma lufada de ar fresco, uma volta no pensamento sobre a sociedade, a humanidade e as consequências do desespero.

 

 

Tradução e adaptação: TP (por Sara Almeida)
Via | Fonte



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