Quarta-feira, 31.08.11

"The Sweetest Kiss"

Capítulo 12

 

 

 

 

Corri o mais que pude de modo a puder sair de Port Angeles rapidamente. Ainda não estava consciente do que tinha acabado de fazer. Matei três homens. E, pior que isso, suguei-lhes o sangue. A regra número 1 dos Cullen tinha sido quebrada e, tendo isso acontecido já não era uma Cullen. Já não pertencia àquela família que sempre se esforçara por não se alimentar de sangue humano. Olhei o meu reflexo num riacho e, pela primeira vez, senti vergonha de mim própria. Senti vergonha daquilo que fizera e daquilo que me tornara. Apercebi-me que magoei muita gente com o meu egoísmo. Sempre olhara só para mim nunca pensando naquilo que poderia magoar os outros.
Naquele momento gostava de me redimir de imensas coisas. Gostava de pedir à Bella desculpa por tudo aquilo que a fiz passar, pela hostilidade com que a recebi na família e pela forma desprezável com que a tratei nos primeiros tempos. Gostava de puder dizer a Edward que me orgulho dele e que, o que sempre quis, fora que ele fosse feliz e que encontrasse alguém que realmente o merecesse. Desejava dar muitos beijinhos na carinha risonha de Alice pela paciência que sempre tivera comigo e com as minhas constantes mudanças de humor. Gostava de dizer a Jasper que o admiro bastante. Mais do que ele possa imaginar e que sempre fora um exemplo de força e disciplina para mim. Gostava de puder agradecer a Carlisle por ser o pilar da família e por estar sempre lá para nos orientar nos momentos em que nos sentimos perdidos e mais fracos, dispostos a cometer alguma loucura. Desejava abraçar Esme por ter sido mais que uma mãe para mim. Gostava também de puder dar um carolo amigável a Jacob agradecendo-lhe o facto de lá no fundo se preocupar comigo e de amar Renesmee como ama. À sobrinha mais linda do mundo gostava de lhe puder dizer que ela é o meu maior orgulho. E por ultimo, mas não menos importante, gostava de puder beijar Emmett e de lhe dizer que o amo e que ele era, e é, uma parte importante da minha vida e que, abdicaria de tudo por ele. Gostava puder dizer isto àquelas pessoas que sempre me aturaram e viram sempre mais do que aquilo que eu transmitia. Mas era tarde. Era tarde pois não aguentaria olhar para a minha família depois daquilo que fizera. Quebrei a regra e, quem quebra regras é castigado. O meu castigo é afastar-me de toda a gente de modo a não puder fazer mal a ninguém. Deixei de ser uma Cullen no preciso momento em que sangue humano tocou na minha língua e deslizou pela minha garganta. Agarrei no meu no meu colar com força. O colar que tinha gravado o símbolo da família que, desde sempre, pertencera. O colar parecia pesar toneladas. Arranquei-o. Fiquei a olhar para aquele pedaço de metal que tinha muito significado para mim. Apertei-o com força mais uma vez e atirei-o para o riacho onde o vi a afundar-se lentamente.
Pequenas pingas começaram a correr pela minha face. Pingas que podiam simbolizar as lágrimas que nunca iriam sair mas que eu sabia que, se pudesse, sairiam com toda a força.
Para onde iria a seguir? Ainda não sabia. Mas tinha de ir embora. Partir para um sítio onde não pudesse ser encontrada. Um sítio onde pudesse recomeçar a minha vida ou, simplesmente, acabar com ela de uma vez por todas.

Depois de tanto andar ainda não sabia para onde iria. Resolvi caçar para me distrair um pouco. Um grupo de veados pastava ali perto. Segui-lhes o cheiro. Não tinha assim tanta fome para caçar um veado grande mas pelo menos era uma maneira para tentar redimir-me da minha última refeição.
Quando me preparava para atacar um dos veados mais pequenos apercebi-me que não estava sozinha. Alguém estava atrás de mim a observar-me. Virei-me repentinamente e soltei um silvo por entre os dentes.
- Hey! Calma! – Um vampiro loiro, de olhos vermelhos, alto e bem constituído olhava para mim com uma expressão divertida.
Ajeitei o vestido e o cabelo tentando disfarçar o embaraço de tal atitude.
- Desculpa por te ter assustado. Não era minha intenção.
- Não tens de pedir desculpa. Estava apenas distraída.
- É impressão minha ou ias comer o veado? – Soltou uma gargalhada.
Revirei os olhos e virei-lhe as costas. Certamente me achava uma anormal por beber sangue de animais. O vampiro desconhecido tocou-me no ombro ao qual eu respondi com um abanão.
- Tu és um bocado estranha não? Para uma vampira claro.
Não me apetecia discutir. Não me apetecia começar a embirrar com alguém que estava apenas curioso acerca das minhas atitudes. Sentei-me num monte de musgo e pus a cabeça entre os joelhos. Sentia-me fraca para começar a odiar alguém logo à partida, ou pior que alguém me odiasse antes de me conhecer. O vampiro sentou-se ao meu lado e começou a falar antes que o mandasse embora.
- Começámos mal mas vamos repetir. O meu nome é Richard. Tenho 354 anos – Sorriu – Confesso que te ando a seguir à algum tempo. Vi-te e fiquei encantado, sabes?
Olhei para ele de soslaio e não consegui impedir que um pequeno sorriso se espalhasse na minha cara.
- A minha primeira vitória!
- Desculpa? – Olhei para ele completamente à toa.
- O teu sorriso! – Sorriu-me e os seus olhos ficaram ainda mais vermelhos.
Fiquei a olhar para ele e dei uma gargalhada. Sim. Realmente foi uma vitória. Conseguiu arrancar-me o primeiro sorriso depois de toda a tristeza que se gerou na minha cabeça.
- Desculpa a minha atitude inicial. Sou sempre assim nas primeiras impressões. O meu nome é Rosalie.
- Rosalie... Um nome bonito. – Começou a brincar com uma madeixa do meu cabelo.
Senti que ele estava a namoriscar um pouco comigo. Deixei que ele continuasse mas, quando pensei em Emmett, afastei-me.
- Desculpa. Desculpa. Não queria assustar-te. Sou um pouco impulsivo.
Acenei com a cabeça timidamente. Fiquei a olhar para ele até que Richard se levantou para ficar ao meu lado. Agarrou-me na mão, ignorando o meu esforço para a soltar.
- Que tal irmos dar um passeio? Espairecer. Aproveitamos e conhecemo-nos melhor.
- Não sei. Não serei uma grande companhia para passeios neste momento.
- Rosalie... – Insistiu puxando-me a mão.
A maneira como disse o meu nome, cheio de ternura, foi o suficiente para me fazer mudar de ideias e decidir acompanhá-lo. Mas que raio é que eu estava a fazer?

 



Constança às 22:10 | link do post

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