Sábado, 31.12.11

 

Quando descobri que Ryan O’Neal, autor de Sleeping At Last iria estar presente no Hotel Café, o meu lugar favorito em Los Angeles, saltei de alegria com a possibilidade de o ver. Já tive o prazer de conversar com ele sobre a música que fez para a banda sonora de Amanhecer: Parte 1, de lhe perguntar porque é Team Edward e sobre o seu longo projecto de um ano ‘Yearbook’. Vejam o que ele nos contou aqui em baixo.

 

Então já viste o filme. O que achaste do lugar onde colocaram a tua música no filme?

Ryan: Eu fiquei totalmente, totalmente impressionado. Com todos os projectos de filmes, especialmente com algo tão secreto e grande como Twilight, eles tem muito cuidado com o que te dizem em termos da cena em que vai aparecer. As coisas mudam tão frequentemente e eles disseram-me que poderia aparecer na ou perto da cena do casamento e que poderia estar na primeira cena de amor durante a lua-de-mel. Por isso quando o vi pela primeira vez na premiere foi insanamente especial. Com projectos para filmes e televisão nunca sabemos se a nossa música vai tocar durante 7 segundos ou se vai tocar como música de fundo por algum tempo. Há colocações desse género e mesmo assim é uma honra, mas ser colocado numa cena tão especial e que não tem diálogo por cima é um autêntico sonho realizado para mim.

 

 

Como te sentiste em relação à reacção do público?

Ryan: Oh céus, não podia ter sido mais espectacular. Quero dizer, o grupo de pessoas na premiére era tão intenso e apaixonado por Twilight, por isso não podia ter sido uma audiência melhor para ver o filme pela primeira vez.

 

Uma vez que não viste o filme antes de escreveres a música, sabias sobre o que é querias escrever nela?

Ryan: Eu vi os três primeiros filmes um a um, e sabia através de amigos que tinham lido a história como é que as relações iam evoluir, e obviamente eu sabia que iria haver um casamento, por isso escrevi a música na perspectiva de Edward. Tentei imaginar como soaria; aquelas relações a amadurecerem e desenvolverem-se. Eu gostei realmente do personagem do Edward. Eu sou totalmente Team Edward desde o primeiro filme.

 

Eu ia mesmo perguntar-te isso.

Ryan: Não tenho nada contra o Jacob. Ele também é formidável, mas a Team Edward é muito mais cool, sem ofensa.

 

Sem problemas. Inspiraste-te em algumas experiências pessoais quando escreveste Turning Page?

Ryan: Completamente. Isso é uma das armas a que me agarro. Eu não quero escrever sobre coisas que não signifiquem algo para mim. E definitivamente escrevo baseado nas minhas experiências e relações pessoais com o objectivo de captar o que imagino que o Edward pensaria. Eu não tinha realmente uma direcção antes de ter começado a tocar piano e as primeiras notas dessa música terem saído naturalmente, e aí percebi o que é que estava à procura. Soou a algo romântico e tinha uma pitada de tristeza, e senti que precisava de ambas as coisas.

 

Então não leste os livros?

Ryan: Eu não li os livros. Mas não devia dizê-lo. Eu devia dizer que adoro todos os livros.

 

Tens um filme favorito agora que viste os 4?

Ryan: Claramente é Amanhecer. O Amanhecer: Parte 1 é claramente o vencedor no meu livro. *Risos* Adorei mesmo Eclipse. Achei que foi um óptimo filme. Foi divertido e com montes de acção. Mas penso que Amanhecer é incrível. Eu tinha expectativas depois dos filmes anteriores e eles mudaram sempre de realizador em cada um. Tinha altas esperanças e foi espectacular.

 

Então agora que Amanhecer estreou notaste um aumento de interesse no teu trabalho ou maior movimento nas tuas páginas do Facebook e Twitter?

Ryan: Completamente e é incrível porque penso que mais que com qualquer música que pudesse aparecer num programa de TV ou algo do género, os fãs de Twilight tem um espírito muito acolhedor e apaixonado em relação a novas músicas. E penso que a Alexandra Patsavas, a supervisora musical, fez um excelente trabalho ao tornar a música uma parte tão importante da história. Por isso mesmo quando a trilha sonora foi anunciada eu apercebi-me de imensas respostas positivas. Tantas pessoas queridas descobriram a minha outra música. É um sonho tornado real para um músico.

 

A Alexandra Patsavas está a ficar reconhecida por pegar em bandas e músicos e impulsioná-los para a ribalta com as bandas sonoras da Saga Twilight e basicamente providenciar uma base de fãs fixa. Como foi isso para ti?

Ryan: É a melhor coisa do mundo. É mesmo. É incrível. Penso que especialmente hoje em dia há tantas pessoas a fazer música e a tecnologia é tão avançada que qualquer pessoa com uma guitarra e um computador pode fazer música que é difundida por todo o mundo instantaneamente, o que é algo bizarro e realmente incrível. Mas também significa que é mesmo difícil encontrar uma nova audiência. Mas o que a Alex (Patsavas) faz é cozinhar uma colecção de músicas que se torna realmente algo muito especial na história, por isso fazer parte disso é insanamente incrível. É um privilégio.

 

Como é trabalhar com a Alex?

Ryan: Ela é 5 estrelas. Ela é mesmo a melhor. Já a conheço há vários anos porque ela colocou uma canção minha na série Anatomia de Grey e mais um par delas na série Private Practice. Por isso quando pensei ‘adorava escrever algo para Twilight’ escrevi-lhe a perguntar se poderia tentar e basicamente ela disse-me ‘boa sorte’ *risos*. Ela é muito querida mas penso que o número de submissões que ela recebe para isso é ridículo por isso todos sabíamos que era um tiro no escuro, mas ela foi impecável e deu-me muito apoio e à minha música.

 

Não é nada estranho para ti veres a tua música ser usada comercialmente mas Amanhecer: Parte 1 foi o teu primeiro filme. Em que é que esta experiência foi diferente para ti?

Ryan: Como músico tu tens tendência para criar pequenos marcos, como uma lista de coisas que queres fazer. Eu sempre fui um grande fã de filmes, especialmente de bandas sonoras, por isso era um grande sonho meu ter uma música ou composição num filme, e com Amanhecer foi incrível porque eles usaram um tema instrumental e também usaram a música, o que é uma espécie de dupla realização do meu sonho. Esta pode ter sido a minha primeira experiência num filme mas sinto que vai ser difícil igualá-la.

 

Com a comercialização sentes-te tentado a mudar o teu estilo ou o teu som?

Ryan: Há seis ou sete anos atrás eu assinava por uma grande editora e parte do que eu estabeleci ainda bastante novo era que não vale a pena fazer música que não nos excita. Não vale mesmo. E eu sei que posso pensar nisto apenas como um trabalho e que por isso vou fazer música para poder viver, mas sempre me mantive firme aos meus princípios e escrevi o que queria escrever e o que senti que devia escrever. Parte do que é tão incrível em relação a Twilight e à Alex (Patsavas) é que eles nutrem a mesma opinião inteiramente. A Alex não está à procura de bandas para mudar o seu som, ela está à procura de bandas que se aproximem do que ela faz em cada momento, por isso tem sido um ambiente muito encorajador.

 

Queria questionar-te sobre o teu projecto ‘Yearbook’, em que todos os meses lanças um novo EP com 3 músicas. O que te fez decidir embarcar num projecto tão grande?

Ryan: Na última década ou algo do género tenho sido um compositor muito lento. Eu escrevia talvez 4 ou 5 músicas por ano por isso os meus álbuns completos só saíam ao fim de 3 anos cada. Isso é bastante lento para a maioria das bandas. Por isso interroguei-me sobre a coisa que mais adorava em ser músico e isso é definitivamente escrever músicas e foi daí que surgiu a ideia para o projecto ‘Yearbook’. Eu pensei que seria óptimo dedicar um ano inteiro ao processo criativo e à arte a escrever e ver o que conseguia fazer com isso. E três músicas pareceram uma quantidade substancial para os ouvintes e viável para aquilo que pretendia. Foi simplesmente um privilégio incrível poder ter um ano inteiro para escrever. Uma experiência muito especial.

 

Aprendeste muito sobre ti como escritor durante esse tempo?

Ryan: Totalmente. Agora escrevo muito mais rapidamente. E com as datas de entrega, eu tenho uma relação de amor-ódio com as datas de entrega. Elas fazem as coisas acontecer mas fico stressado muito facilmente por isso o ‘Yearbook’ foi um processo muito longo e desafiante para mim, mas ensinou-me muito sobre letras, ensinou-me muito sobre estrutura das canções, ensinou-me muito sobre instrumentação e diferentes ideias de produção. Por isso tinha na ideia que mesmo que este projecto ‘Yearbook’ falhasse completamente ainda assim seria um melhor compositor.

 

 

 

Tradução e adaptação: TP (por Ana Figueiredo)
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And às 20:49 | link do post

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