"The Sweetest Kiss"
Capítulo 30 (parte 2)
- Está quase Renesmee – Dizia Carlisle – Está quase. E... aqui está!
Carlisle ergueu nos seus braços uma menina linda. Pequenina e coberta de sangue Sarah finalmente nascera. Jacob chorava como uma criança e eu, se pudesse, também o estaria a fazer. Sarah era uma bebé linda. No entanto, estava demasiado calada. Olhei para Carlisle que tentava disfarçar uma cara de pânico.
- Quero vê-la! – Gritava Renesmee.
Edward tratava de Renesmee enquanto eu e Jacob tentávamos perceber o que se passava.
- Carlisle?
- Ela não respira, é por isso que não chora. Estou a tentar libertar-lhe as vias respiratórias mas não estou a conseguir nada.
Coloquei a minha mão na cabeça frágil de Sarah. Ela queimava. Parecia que tinha posto a mão numa fogueira.
- Ela está a arder!
- Sim, pelos vistos não é como nós.
- Sai ao pai. – Disse Jacob orgulhoso – Mas Carlisle, tem de a ajudar. Eu não posso perder a minha filha. Não agora!
- Carlisle!
Edward chamava com urgência. Renesmee deixara de responder e estava demasiado calma em comparação com o seu estado anterior.
- Jacob! Tens de escolher!
- O que? – Balbuciou.
-Eu sei que é difícil mas tens de escolher a tua primeira prioridade. Nessie ou Sarah?
- Carlisle! – Gritei indignada.
- Escolhe a Renesmee, por amor de deus. Salva a minha filha – Dizia Edward quase a perder a paciência.
- Nessie – Disse por fim.
Carlisle deu-me Sarah para os meus braços. Continuava calada, sem respirar. Jacob olhava para a bebé com um ar vazio. Respirei fundo. Não era justo isto acabar assim, não era. Deitei Sarah na poltrona e comecei a fazer-lhe movimentos circulares no peito na zona dos pulmões. Tentava que ela conseguisse respirar, mas não estava a conseguir nada com isso. Jacob estava no chão com a cabeça entre os joelhos, completamente abatido. Sem qualquer força para continuar a acreditar na felicidade. Tinha desistido mas eu não iria desistir tão facilmente. Sem saber o que fazer, segui os meus instintos. Com cuidado abri a pequena boca de Sarah e coloquei a minha na dela como se tivesse a fazer uma respiração boca-a-boca. Com cuidado, comecei a inspirar e a sugar para que ela conseguisse ter as vias respiratórias desentupidas. Tentava fazer todo o processo devagar para que o meu veneno não infectasse Sarah. Parecia um episódio de terror e mórbido, tirado de um filme psicopata em que loucos comem pequenas criancinhas. Agradecia no entanto, que Jacob não estivesse a ver nada do que estava a fazer. Suguei com um pouco mais de força e foi como um milagre. A boca da pequena Sarah contorceu-se e ouvimos, pela primeira vez, o seu choro. E que choro! Parecia que alguém a estava a esfaquear mas, na verdade, nunca me senti tão feliz por ouvir alguém a chorar. Edward, Carlisle e Jacob olharam para mim estupefactos. E, com orgulho, ergui a pequena Sarah.
- Digam "olá" à bebé!
Jacob ria e chorava ao mesmo tempo. Carlisle e Edward sorriam e uma atmosfera optimista propagou-se na sala. Renesmee parecia estar estável.
- Rose... – Começou Jacob.
- É linda. – Disse dando-lhe Sarah.
Jacob pegou na mãozinha frágil de Sarah e embrulhou-a no cobertor, aninhando-a nos seus braços. Depois, olhou para mim e com lágrimas nos olhos abraçou-me.
- Obrigado. Obrigado.
Sorri. Bem, não é todos os dias que se salva alguém. E, não é todos os dias que eu e Jacob nos abraçamos.