Os sites de fãs que marcaram presença no Comic-Con foram convidados para uma entrevista com Ashley Greene, Jackson Rathbone e Kellan Lutz. Verdade seja dita, esta foi uma das entrevistas mais inesperadas que já presenciei. Logo no começo, o Kellan foi para caminhos que nenhum de nós estava à espera! Apesar de tudo, é óbvio que os membros do elenco estão muito ligados uns aos outros e que se tornaram mais que apenas colegas de trabalho visível na forma como fazem piadas e se riem uns dos outros.
Se pudessem fazer alguma coisa pra além de representar, o que seria?
Kellan: Inventar. Eu gosto muito de inventar, é a minha paixão. Por isso gostava de poder criar um monte de patentes, eu já tenho um livro com 50 invenções. Gostava de me tornar num cientista louco a fazer experiências, e que resolve todos os problemas do mundo e que ao mesmo tempo também cria alguns novos problemas.
Já alguma vez tiveste um kit de laboratório quando eras criança?
Kellan: Tinha. Ainda tenho. Agora é mais um laboratório como o de “Ren and Stimpy”, é muito engraçado.
E quem é o teu cientista favorito?
Kellan: Michio Kaku. Ele estuda os buracos de verme. Procurem informação sobre ele. Ele é fantástico.
Agora vamos ter de pesquisar sobre ele no Google!
Kellan: Ele e o Albert Einstein, eles estão muito à frente do nosso tempo. É fascinante ler sobre eles, as suas teorias sobre os buracos. São temas fascinantes.
E se pudesses representar um deles num filme, quem seria?
Kellan: O Albert Einstein em jovem.
Jackson: E o Tesla?
Kellan: O Tesla também é óptimo! Eu tenho uma coisa chamada Cop Stopper que lida com a tecnologia do Tesla. É como se fosse uma bola do Pokémon e nós carregamos no botão – eu quero tanto assaltar um banco – e eu sou do Midwest, por isso só temos um banco, sem câmaras de vigilância, e então eu desenhei uma coisa, e sempre pensei, porque eu estou sempre a ver “Cops” – porque é que o drug dealer não cria uma porta debaixo do carro deles? Porque os polícias não têm câmaras debaixo dos carros, eles atiram com coisas através das janelas! Se houver uma porta debaixo do carro, boom! Conseguíamos fugir. Seria de génio. Conseguiam escapar. Mas o meu Cop Stopper era uma bola do Pokémon em que nós carregamos no botão e começam a funcionar as bobinas do Tesla e entram as reacções químicas, e uma vez que é uma esfera eléctrica, ao lançar pela janela, se estivesse a assaltar um banco, entrava pelo hall de entrada, e era aí que entrava a bola em acção, porque ao atingir o metal do carro do polícia [começam todos a rir]! Ao atingir o carro do polícia, retira-lhe toda a energia, fazendo parar os outros carros que estão na perseguição, e assim já podemos levar o dinheiro todo!
[Risos]
Kellan: Como roubar um banco no Iowa.
…Ok, e vocês os dois? [riem-se todos]
Ashley: [vira-se para o Kellan] Eu não vou deixar que tu te aproximes da minha casa.
Jackson: Qual é que era a pergunta?
Se não fossem actores ou assaltassem bancos, o que é que fariam? [risos]
Ashley: [para o Kellan] Bem, já sei quem é que vou contratar para criar um sistema de segurança.
Jackson: A Bela e o cérebro.
Ashley e Jackson, vocês passaram algum tempo a filmar à parte do resto do elenco? Porque uma vez que a Alice e o Jasper viajam para a América do Sul, passaram algum tempo sem o resto do elenco?
Ashley: Nós vamos estar numa praia…
Jackson: Vamos aparecer numa praia com Mai Tai’s. Margaritas grátis. [risos]
Ashley: Nós estávamos a fazer coisas muito importantes.
Jackson: Sim, estávamos a roubar bancos no Iowa. Fizemos uma coisa muito fixe… usámos tecnologia do Tesla.
Ashley: Eu encontrei isso no quarto do Kellan.
Jackson: Bolas do Pokémon! [risos]
Ashley: Mais não podemos dizer por causa dos segredos do filme, por isso…
Havia muitos novos actores na segunda parte do filme, houve algum tipo de ritual de iniciação que tenha surgido ou partidas que tenham feito?
Kellan: Foi fantástico sem dúvida.
Ashley: Eu acho que estávamos todos muito entusiasmados.
Kellan: Estávamos entusiasmados por haver sangue novo.
Ashley: E já estávamos cansados uns dos outros! [risos]
Então deixaram-nos começar sem problemas.
Ashley: Eu sinto que nós nos conhecíamos todos. Em Hollywood é muito comum. É um mundo tão pequeno que alguém já trabalhou com alguma pessoa ou conhece alguém que conhece o outro e por isso foi fácil e giro. E acho que é bom poder dizer, ‘Hey! Bem-vindo ao set!’, e fazer as pessoas sentirem-se bem-vindas, e tornar as coisas mais vivas, porque todos sabem o que é que é ser a pessoa nova nas redondezas.
Kellan: Eu tenho uma história engraçada – porque nós sabíamos que não tínhamos presas. Mas eu lembro-me de dizer ao Billy (Tangradi), ‘Meu, onde é que estão as tuas presas?’, e ele passou-se porque teve de voltar ao camarim, e eles diziam-lhe, ‘Não tens de usar presas’ e eu voltava a dizer-lhe o mesmo. Foi engraçado. Demasiado fácil.
Acham que perderam alguma coisa porque ao filmarem os dois filmes ao mesmo tempo, e depois ao lançar a parte 1, e depois aparecem logo os novos vampiros… foi difícil manter o contacto com todos?
Ashley: Eu sinceramente não tenho visto muitas pessoas desde que acabámos de gravar, mas mesmo que deixemos de ver as pessoas durante três meses, mantemos a mesma relação. Eu penso que o Crepúsculo é muito especial, e algo especial de se fazer parte, é uma conexão meio estranha.
Se pudessem juntar os Cullen de novo, quem é que escolhiam para os vossos personagens?
Kellan: Em que sentido? [franze as sobrancelhas]
Parceiros!
Ashley: Eu acho que dessa forma…
Dessa forma!
Jackson: Dessa forma?
Kellan: Parceiros de massagens…
Jackson: A forma de levantar as sobrancelhas?
Sim.
Jackson: Isto foi terrivel. Sim, não, eu acho que não faríamos isso… [risos]
Ashley: Muitas pessoas zangam-se.
Kellan, tu falaste do beijo do teu personagem. Vamos poder ver o romance da Rosalie e do Emmet?
Kellan: Sim, eu podia jurar que já tinham mostrado na primeira parte. Nós fizemos isso duas vezes no filme. Espero que mostrem ou então vou-me passar. Estou só a dizer. Mas finalmente o Emmet e a Rosalie dão um beijo. E há uma química sexual entre os dois personagens, e nunca chegámos a mostrar isso… e… e… [risos]
Não vão destruir nenhuma casa?
Kellan: Destruir algumas casas… são muitas alusões.
Por falar nisso, há algum momento dos vossos personagens que não entrou nos filmes mas que vocês queriam que tivesse entrado, e partes em vezes em que disseram, ‘Ainda bem que entrou no filme!’?
Ashley: Aparentemente ele [Kellan] e a Rosalie não entrou.
Kellan: Eles têm todos histórias, e não mostraram a minha.
Ashley: A minha não foi mostrada!
Kellan: Que filmes? Não, a da Ashley também não entrou. Foi a da Rosalie e do Jasper. E gostava que tivesse sido mostrado… há um excerto que a Stephenie escreveu “Emmet e o urso”, e eu adorei. Mostrava a ligação do Edward e do Emmet. E gostava que tivessem mostrado a história de como o Emmet lembrava à Rosalie a criança que ela tinha amado. E de como ela se apaixonou pelo Emmet, e de como ele quase morreu com o ataque, e de como ela o salvou. E acho que é algo que falta na ligação deles, da Rosalie e do Emmet, e de como é forte e pura, e de como o Emmet vê na Rosalie o anjo guardião. Gostava que tivessem mostrado.
Jackson: Eu gostava que tivessem mostrado a parte em que eu me junto ao clã dos Cullen, porque acho que foi fantástico, mágico e bonito.
Ashley: Sim.
Jackson: E sim, só foi mostrado, ‘Guerra Civil! Num cavalo!’
Ashley: Adeus! Onde é que estava a Alice? Eu vi uma Maria algures.
Jackson: Quem é que é ela?
Jackson: Ela aparece [bate com a mão na mesa] ‘Eu detesto esta história’ Vamos para a parte boa.
Ashley: Isto é tão estúpido. [sarcasticamente]. “Ainda estão a filmar isto? É isso que vão fazer hoje? É óptimo.”
Jackson: Sim, teria sido bom fazer essas cenas. O que eu acho que a Stephenie fez com estes livros foi criar uma tapeçaria para estas texturas luxuosas. Todos os personagens são profundos, e todos os personagens vão-se revelando ao longo dos livros, e às vezes é difícil traduzir isso para os filmes, mesmo quando são cinco filmes, não é tempo suficiente para fazer isso, para aprofundar.
Ashley: Os filmes iam ter duas horas e meia, cada um
.
Nós não nos importávamos. Íamos vê-los à mesma.
Ashley: Não, é essa a questão – é preciso fazer com que as pessoas queiram sempre mais. Cada personagem tem tanto, e pensou-se tanto nisso, mas podíamo-nos ter desviado da história principal, e acho que houve um bom resultado, cada personagem teve o seu espaço, mas tudo complementou o principal. E se tivéssemos explorado tudo aquilo que existe, poderíamos ter perdido o caminho.
Há algo que tenham aprendido com o vosso personagem passados estes anos todos a representarem-no?
Ashley: Bem…
Jackson: Que tenhamos aprendido sobre nós ou sobre os personagens?
Que tenham aprendido através do vosso próprio personagem.
Jackson: Eu acho que nós aprendemos sempre alguma coisa com os nossos personagens, e permanece em nós durante algum tempo, e com o passar do tempo desaparece também um pouco. Eu quando estava a fazer de Jasper ficava com a ideia de que ele vinha do exército e de um mundo pouco cómodo. Durante uns tempos eu dava comigo numa pose mais inflexível, séria e não sou assim. Não sou uma pessoa muito séria. Eu estou sempre a rir. E fiquei com essa pose durante algum tempo. E eu gosto imenso do personagem, gosto da história, e é um personagem forte e respeito-o. É interessante; eu respeito o meu personagem. Não percebo, mas respeito-o. É uma coisa boa. Jackson: Eu acho que sim, eu acho que sim. Nunca me tinha sentido assim com um personagem.
Ashley: Ele é muito aprumado.
Jackson: Sim, ele é muito aprumado. Sim, eu gosto dele. Ele é bom.
Ashley: Eu também gosto dele.
Jackson: Ele está convidado para as minhas festas de anos.
Ashley: Sim, podes trazê-lo para a próxima vez que nos encontrarmos.
Jackson: Combinado!
Tradução e adaptação: TP (por Ana Galrão)
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