Hoje, o Page to Premiere está exclusivamente a apresentar toda a entrevista de Joe Anderson como parte das New Faces Fridays.
Joe faz o papel de um Vampiro Inglês, em The Twilight Saga: Amanhecer parte 2. Provavelmente poderás reconhece-lo pelo seu talento para cantar e para representar, quando ele representou os Clássicos Beatles no filme “Acrross the Universe”, e mais recentemente pela sua participação em “The Grey”.
- O que sabia acerca de Twilight antes de ter feito a audição e antes de ter ficado com o papel?
Joe Anderson: Eu não estava a viver em Marte, portanto sabia bastante sobre isso. Amigos da família, um pouco mais novos que eu, raparigas novas, são mesmo, mesmo fãs, portanto quando eles descobriram que eu iria fazer parte, a minha rua entrou pelo telhado. Houve uma reunião, e a visualização dos filmes em conjunto, e ficámos entusiasmados com isso. Eu vi-os a todos (os filmes), penso que no tempo em que estava a gravar no Canadá.
- Então isso quer dizer que não leu nenhum deles (livros)?
Joe Anderson: Não. Acabasse por saber curiosamente, mas não, eu “peguei” em redor dos livros. A coisa cativante no Alistair é que ele é usado de forma diferente tanto nos filmes como nos livros. Para mim, era mais sobre o seu carácter e a capacidade para poder desenvolvê-lo. E como um estranho, sabe que eu não fazia parte dos filmes anteriores, então senti que tinha um pouco de espaço para poder representar esta personagem, porque nenhum dos outros personagens sabiam bem o que esperar e o que se tem. Foi um pouco assustador - também divertido, e também um pouco de sorte por poder ir lá e inventar alguma coisa.
- O Alistar é um solitário. Exceto na sua história com o Carlisle, quase que se pergunta a razão de ele ter decidido em juntar-se aos Cullen. Ele também se foi embora cedo. Teve alguma ideia ou falou com a Stephenie sobre as essas motivações?
Joe Anderson: Sim, é uma questão realmente interessante. Eu pensei, obviamente sem dar muito, a noção geral do que é certo e errado. Uma das coisas que serve no Alistair é que ele é um perseguidor. As suas sensações são algo que se pode definir como forte. Eu penso que a razão para o que ele faz, tem mais haver com a moralidade, o certo e o errado, e penso que ele não se sente necessário; porque o que tiver de acontecer, acontece. Mas acho que ele se irá explicar, de forma muito mais clara no filme.
- À medida que as imagens vão saindo sobre os novos vampiros, alguns deles são bastante marcantes, e tenho de dizer-lhe que, quando a sua imagem do Alistair saiu no trailer, eu pulei, e foi como “ Oh meu deus!”, porque não estava nada à espera mostrassem o Alistair no trailer. Como foi para si, ver-se a si mesmo, com aquela roupa e maquilhagem, com a possibilidade de ser ver pela primeira vez na personagem?
Joe Anderson: É um ponto engraçado por acaso. Eu estava a filmar um outro filme ao mesmo tempo, e tive algumas provas de roupa. Adoro o vestuário e as outras coisas para poder moldar o físico e o que esta personagem é. Por isso, essa parte para mim foi breve, (devido a estar a filmar o outro filme).
No momento em que tive conhecimento do vestuário, e toda a preparação dos contactos que ele tem, era o meu primeiro dia no set.
Estava de pé no trailer, a olhar para este tipo de valores e foi emocionante sentir isso, mas depois acabas por ver isso no mundo e ver aquela coisa que criaste colocada no mundo e no trabalho… Eu senti que pelo menos “não sobressaí”. Foi uma coisa bastante interessante. Ele (Alistair) é indiferente. Ele é um estranho. Queres fazer dele um pouco diferente mas, como é natural, ele tem de obedecer a certas regras que temos nesse mundo, pelo menos acho que funcionou. Espero que tenha funcionado.
- Eu acho que esteve excelente. Existe algum momento preferido durante o filme?
Joe Anderson: Sim, com toda a certeza. Para ser completamente honesto, ver a Bella treinar e aprender atrás da casa dos Cullen foi um dia extraordinário. Nós ficámos perto e assistimos a uma sequência extraordinária. Gostava de poder desaparecer e de fazer uns dias ali, e depois voltar e fazer mais uns dias e voltar novamente. Acabas por saber que de cada vez, foi como entrar num circo, onde algo completamente surpreendente e extraordinário está a acontecer, mesmo que seja com muitos membros do elenco. Acho que não tinha estado numa cena com tantos membros do elenco tantas vezes num filme, mesmo que a dinâmica quando os clãs estão na sala, tenha sido completamente elétrica. Todos os dias o trabalho era gratificante para mim.
- Como foi para si, a experiência de estar no Comic Con a interagir com todos aqueles fãs do Twilight numa grande escala?
Joe Anderson: Surpreendeu-me por completo, para ser sincero. Foi muito interessante. Existem fãs que fazem outra coisa como profissão e existe também os fãs que estão neste ramo. Eu conheci tantos fãs que estão neste meio, e, poder conhecer pessoas que não estão neste meio e poder ter a opinião sobre isso… Como ator, acabas por preocupar-te, por vezes quando se está num filme, a magia desaparece mas quando te encontras com estas pessoas, nada desaparece porque é aí que existe a magia. Foi um zumbido todo aquele tempo. Foi fantástico.
- Sou um grande fã de “Acrross the Universe” e dos seus dotes musicais, e sei que escreveu uma música com o James Fogerty para um outro filme. Existe uma imensidão de talento musical no elenco do Twilight, e estou curioso se teremos música da sua parte no Soundtrack ou alguma coisa a acompanhar as falas?
Joe Anderson: Não. O meu lado musical é apenas um pouco de mim. Eu e a minha guitarra no quarto e esse tipo de coisas. Obviamente que canto no Acrross the Universe, e como disse, no pequeno filme 27 Club, tivemos a sorte de escrever uma música e fazer algo sobre isso. Mas é mais uma paixão privada, numa maneira estranha, portanto quero dizer, que se eles tivessem perguntado antes, provavelmente poderia fazer alguma coisa, mas isso é algo privado. Posso representar e deixemos as coisas assim. (Ri-se).
- Qual é a sua música preferida que cantou em Acrross the Universe? Eu adoro a “Hey, Jude”, já agora.
Joe Anderson: Foi muito complicado para mim, de uma certa forma, porque a minha voz estava a falhar e ainda se estava a estabelecer. Onde ela está agora, é definitivamente onde não estava anteriormente. E sempre que vejo clips ou o que seja, penso “ Wow… eu realmente…” Era um sitio diferente. Lembro-me de pensar algo como “ Meu deus, “Hey, Jude” era algo muito alto para mim.” A minha música preferida é a “Happiness is a Warm Gun”. Podia até não conseguir atingir a ultima nota, para a minha vida, e até foi na realidade Bono, que obviamente no filme, ficou ali a dizer-me como gritar uma nota basicamente, e a sorte de poder estar perto dele a gritar como um lunático, acabei por conseguir fazê-lo. Essa é uma das coisas que ainda me faz rir.
- Como foi trabalhar com o Bill Condon como diretor? Já ouvimos tantas histórias por parte do elenco, e estava a perguntar-me se teria algum momento em particular que destaca-se algo para si.
Joe Anderson: Sim, geralmente a capacidade de calma que o homem tem. Obviamente o filme é pesado e algumas das sequências são enormes, são um culminado neste filme. Nas vezes em que trabalhei com ele, ele pareceu ter um nível de comando, não perdia nada, e era tão calmo e generoso como diretor. Havia uma espécie de liberdade e isso permitiu-me representar e deu-me indicações, e isso para mim é como “Godsend” de um diretor. Ele sabe exatamente o que quer. Ele é técnico e tem um coração enorme e não se pode pedir muito mais do que isso, acho eu.
- Tenho de perguntar-lhe sobre “The Grey”. Estava frio ao filmar esse filme?
Joe Anderson: Foi extraordinário até ao ponto onde eu me lembro de Frank Grillo, Eu, Liam (Neeson) a perguntar se ninguém duvidava do facto de estarmos no topo de uma montanha a menos de 30 graus, e foi absolutamente extraordinário. Estávamos no topo dessa montanha e era um grupo de rapazes, eu era o mais novo, e tornou-se o tipo de dinâmica que se vê no filme. Gostávamos uns dos outros mas era um grupo de rapazes a lidar com menos de 30 graus, e a congelar, estando a filmar ou…não importa. Isso foi mais uma expedição para mim, do que a filmagem de um filme. Não existe fingimento neste filme, vamos abordar o assunto desta forma.
- Nós ouvíamos imensas histórias sobre o tempo do elenco do Twilight, portanto dizias-lhes “ Então pessoal, isto não é nada?”
Joe Anderson: Eu estava de calções e T-shirts em Squamish, em Janeiro. Tinha feito algumas coisas no Canadá, e voltei para trás assim que o meu sangue estava grosso nesse ponto. Não precisei dos meus woolies.
- Falou sobre ter alguns amigos e família que são fãs de Twilight. Eles foram as primeiras pessoas a quem teve a oportunidade de contar que ficou com o personagem? Onde estava e quem foi a primeira pessoa com quem falou quando descobriu que estava no elenco?
Joe Anderson: A primeira pessoa foi a minha mulher. Eu estava a lavar na cozinha, e o telefone tocou e a próxima coisa que fiquei a saber é que era um vampiro. É a melhor coisa acerca disso. Obviamente as filmagens são incríveis, mas geralmente quando queres mesmo uma coisa, e eles também te querem é algo de fantástico. Não se tem muito melhor que isso. Com certeza , foi um bom dia. Apenas na cozinha a lavar, não existe nada mais glamoroso.
Tradução e adaptação: TP (por Alexandra Costa)
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