Terça-feira, 06.10.09

Finalmente entrego-vos a segunda parte da minha Fanfic.

Obrigado por todos os comentários que me deixaram no post anterior. Para não se irem perdendo na hisória faço um balanço do enredo:

Prólogo: Bella encontra-se dividida entre Edwrad e Jacob e expresa os seus sentimentos. Conversa com Alice que lhe diz que um dos três irá morrer muto em breve.
Parte 1: Separação: Bella tenha equacionar um modo de acabar a sua relação com Edward. Dado o cansaço que sentia e sonha com o seu casamente com Edward mas acaba por fugir do altar. No fim, diz que o amará para sempre mas neste momento se encontra confusa. Ele aceita a sua vontade visto só que apens deseja que Bella seja feliz, seja com quem for.

 

 

 

Solstício

 

Parte 2: Os laços que nos unem

 
Assim que fechei a porta do quarto de Edward, deixei-me cair de joelhos no chão, enquanto envolvia o meu estômago que se contraía num espasmo impossível de suportar. Tencionava assim atenuar a dor que sentia.

Lamúrias fluíam da minha boca – numa voz rouca e amargurada – tão naturalmente como o bater das asas de um pássaro.

Levantei-me, segurando-me às paredes brancas – e ergui-me o melhor possível e caminhei em direcção da porta de entrada.

Atravessei-a lentamente.
 

Quando trespassei totalmente a porta de casa senti que deixava para de mim para trás; como se no fundo pertencesse a Edward para sempre. Os nossos destinos estariam para sempre ligados um ao outro.

Afastei-me de casa e senti-me envolvida num vento frio. Os meus cabelos esvoaçavam sob o véu cinzento que cobria Forks.

Algo dentro de mim me incomodava. Incomodava-me o peso que sustinha ao meu peito. O meu coração parecia ter petrificado dada a frieza da minha atitude; como se tivesse sido esvaziado de qualquer sentimento. Por momentos senti dificuldade em respirar.

Encostei-me a uma árvore e deixei-me levar pelo sofrimento que me corroía por dentro.

 

“ Corria… corria…corria mas não via nenhum fim á vista; como se me mantivesse numa caminhada sem uma meta. Tentava que a minhas pernas se movessem com maior velocidade mas era escusado. Os nervos que me entorpeciam o corpo eram superiores às minhas forças.

 

Achava-me envolvida num ambiente sombrio que me perturbava mentalmente. Não conseguia raciocinar coerentemente.

Quando me estava prestes a entregar ao cansaço que aniquilava todos os meus sentidos, vi uma luz cintilante ao fundo. O foco de luz ondulava sob a breve passagem de aragem – por muito rarefeita que fosse naquele local – e apresentava-se em tons quentes.

Movi-me ainda com mais velocidade, apoiando as mãos sobre os joelhos.

“Não consigo correr mais! Não consigo correr mais!” - Afirmava para comigo mesma. Enquanto proferia quaisquer palavras, libertava uma quantidade de oxigénio que me era essencial.

 

Naquele momento o meu corpo apenas conseguia andar lentamente. A sofreguidão como que me movia roubava-me anos de vida.

Naquele momento invejei a imortalidade de Edward.

Por fim, cheguei a um amplo átrio, constituído por rochas esverdeadas e milenares, nas profundezas do subsolo. Tentei não entrar em pânico face ao que os meus olhos testemunharam.

 

Ao centro achava-se uma fogueira, cujas labaredas encadeavam os meus olhos e ruborizavam tenuemente as paredes daquela ampla divisão.

As línguas de fogo cuspiam pequenas lascas incendiadas que queimavam os dois corpos que se encontravam suspensos sobre a fogueira.

“Ah” gritou um deles num tom pesaroso à medida que as chamas se incrustavam sobre a pele.

“Solta-nos!” rugiu o outro enquanto fechava os olhos e franzia a testa em duas linhas de tensão face ao ardor que as labaredas provocavam.

 

-NÃO! – gritei estridentemente ao observar aquele cenário macabro.

Os dois corpos suspensos pelos braços por correntes de aço maciço e enferrujado correspondiam ao de Edward e Jacob.

“Bella” – afirmou Jacob feliz por me ver. Por momentos esqueceu que se encontrava face a face com a morte.

“Meu amor, foge daqui para fora” ordenou Edward num tom amargurado.

-Não posso! Eu pertenço-vos! Aos dois. Jamais vos deixaria aqui. – disse com uma súbita melancolia a envolver-me.

Dentro de mim sabia que não havia escapatória. A paixão e o amor da minha vida estavam prestes a desaparecer para sempre. Senti uma impotência que me aniquilava.

Apetecia-me agir apesar de não saber como o fazer. Haverá maior frustração que essa?

“Sai daqui, Bella!” – gritou-me Jacob, após ser queimado por uma língua de fogo.

-Ela não vai a lado nenhum! Ninguém sai daqui! – imperou uma voz feminina e macia, apesar da frieza e rudeza das suas palavras.

Os meus olhos tentavam a todo o custo negar o que viam. A vampira que mais temia e odiava apresentava-se à minha frente. Implacável e invencível. Pelo menos eu assim o achava.

 

Um formigueiro abrupto instalou-se debaixo da minha pele frágil. Os meus joelhos tremiam furtivamente.

Tentava verbalizar o nome do rosto que tinha colocado Jacob e Edward perante o seu fim tão antecipado, mas o temor que se enleava ao meu corpo me provocasse um nó na garganta; como se me afogasse no meu próprio medo. Custava-me proferir mentalmente o seu nome.

-Jane… acabei por dizer.

-Estás com medo, Bella? De quê? Não me digas que vais ter saudades destes dois que estão aqui tão expostos ao meu poder… São assim tão importantes? – inquiriu-me sarcasticamente.

-Nem imaginas o quanto… - foi o que fui capaz de proferir.

-Sendo assim, dar-me-á mais gosto acabar com ele e, deliciar-me com o teu sofrimento.

Comecei a chorar face ao pânico que me enclausurava.

-Vocês humanos são tão previsíveis… - disse num tom rude – o choro é algo inato em vós. Porquê? Acham que uma lágrimas sem significados vos protege do mal do mundo? – proferiu sarcasticamente.

-Deixa-os! Mata-me a mim em vez deles. Imploro-te. – afirmei, deixando-me cair de joelhos sobre o chão duro.

A minha respiração mostrava-se ofegante e o meu coração batia descompassadamente.

-Se é isso que queres… vos entreter um pouco os teus amados. – disse Jane num tom macabro.

 

Fincou o seu olhar tenebroso e profundo, manchado num tom sangrento, e começou a caminhar na minha direcção.

Sorria-me amistosamente embora fosse perceptível um laivo de perversidade.

-Não tenhas medo… - dizia num tom hipnotizante – vou aliviar-te de todo o teu sofrimento.

“Não te aproximes dela!” rugiu veemente Jacob.

“Não lhe toques! Pára!” implorava Edward num tom desconcertante e doloroso.

Naquele momento a frustração invadiu-os de uma maneira tão dilacerante e súbitas que os corações de ambos pararam no momento em que Jane cravou os seus dentes sobre o meu pescoço e me sugava o sangue que me corria quente e veloz nas veias. Despedia-me assim da vida; de um modo fácil.

Senti o meu corpo a preparar-se para um sono eterno; deixei-me levar pela morte que chegava de maneira tão silenciosa. Enquanto Jane me matava não fui capaz de fitar o rosto de um deles como sinal de despedida.

Enquanto fechava os olhos e ouvia tudo em surdina, pude escutar:

“Bella…” soava a um murmúrio apesar de não conseguir distinguir quem o proferira.”

 

Uma voz rouca acordou-me do pesadelo que me atormentara a alma e despedaçado o coração.

-Bella?! O que fazes aqui deitada? – perguntou-me o rapaz cuja voz me era familiar.

Abri custosamente os olhos derivado das lágrimas que secaram junto das minhas pálpebras e me queimava a pele.

Tentei focar-me nas suas palavras. Por momentos esqueci-me de onde me encontrava.

-Estiveste a chorar? – inquiriu-me Jacob.

-Parece que sim… - disse limpando o rosto à manga da minha camisola enquanto a minha voz soava a um murmúrio surdo.

Jacob ajudou-me a que me levantasse. Agradeci com a voz rouca de tanto sofrer, quer na realidade da vida, quer nos sonhos, que deveriam ser um escape de felicidade.

-Porquê? – perguntou-me, enquanto me limpava melhor as lágrimas com o seu polegar manchado de terra.

-Tem a ver com o Edward… mas não quero falar nisso… - custava-me executar o simples acto de falar.

-Ele fez-te mal? Magoou-te? Acabou contigo? – inquiriu-me num tom bravo.

Abanei a cabeça e comecei novamente a chorar.

-Não… o problema sou eu… eu é que o magoei por ama-lo tanto…

-Vem cá… - disse Jacob enquanto me envolvia nos seus braços e me aconchegava o sofrimento que me dilacerava. O meu coração frio, de pedra e vazio de qualquer sentimento, ficou, subitamente, enternecido.

-Não sabes o quão importante é ter-te aqui ao meu lado, Jacob. – disse por fim.

Senti que ele tinha sorrido tenuemente.
-Amo-te – sussurrou-me Jacob ao meu ouvido.

Após aquela declaração deixei que o momento se prolongasse. Aquele abraço significava tanto para mim.

 

Era como uma nova vitalidade. Separei-me de Edward de maneira a ter um momento em que pudesse reavaliar a minha vida. Saber aquilo que queria.

Mas subitamente sabia o que queria; ou, pensava que sabia.

“Jacob” ecoou na minha cabeça.

Porque não ter uma oportunidade no amor com ele? Quem sabe se não estaremos destinados um ao outro?

 

O meu coração clamava insaciavelmente pelo seu nome. Jacob não era mais o meu melhor amigo. Era mais que isso. O que existia entre nós ia para além da amizade.

-Também te amo… - acabei por dizer.

Foi então que o fitei profundamente nos olhos e senti que ele me desejava tanto quanto eu o desejava a ele. Aproximei-me do seu rosto e beijei-lhe os lábios macios, sob os primeiros raios de luar que nos iluminavam.

 



Joana TP às 22:01 | link do post

De guida48 a 7 de Outubro de 2009 às 09:04
Olá Gonçalo.

A tua fanfic deixa-me dividida.

Por um lado estou a odiá-la. Detestei o capítulo de Eclipse, em que a Bella achou que amava o Jacob também. Porque digam o que disserem, não acredito que alguém pode amar duas pessoas ao mesmo tempo. E se isso tivesse acontecido em Lua Nova, após ser abandonada pelo Edward, teria sentido. Mas em Eclipse não teve lógica e só tirou um pouco de magia a esta história tão linda.

Por outro lado, estou a adorar. Pela forma como escreves. Parabéns! Adoro livros e fico muito contente por haver um futuro escritor com tanta qualidade.

Continua a escrever (ainda tenho esperança que ela vai voltar para o edward).


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