Lê o resto da FanFic da Margarida!
“É agora ou nunca. O Cullen está distraído com os seus botões e a minha Bella está quase a acabar a dança com o seu pai. Portanto, é agora” Espera aí... Eu tinha ouvido bem os pensamentos de Mike? “A minha Bella”? Este rapaz estava mesmo a ultrapassar tudo! Mas será que ele não percebia que Bella não gostava dele? Que o achava um chato? E com que lata é que ele a chamava de “Minha Bella”?
Um rosnado começou a criar-se no meu peito. Emmett, que estava por perto, veio ter comigo.
- Ei, mano! O que foi? Temos luta? – disse com um sorriso na cara.
- Não, Emmett! É o estúpido do Newton! - disse como se cuspisse o nome dele – Ele acha-se no direito de chamar “minha Bella “ à Bella e acha que pode dançar com ela.
- Isso resolve-se facilmente. Posso ir arrancar-lhe o pescoço? – e acrescentou com um sorriso matreiro – Assim já não tens que aturar os pensamentos dele.
“Ficas mesmo adorável quando estás com ciúmes. Mas não te esqueças do que disse: a Bella só tem olhos para ti.” Pensou Tanya. Olhei para ela, estava sentada à mesa a “comer” uma fatia de bolo. Olhou para mim e sorriu-me.
Tanya tinha razão, não valia a pena enervar-me ou ficar com ciúmes. Não tinh razões para isso. Respirei fundo uma vez e acalmei-me.
- Não. Vou dançar com Bella. Já não estou com ela a algum tempo. – respondi-lhe calmamente.
- És mesmo um romântico incurável. – disse Emmett com uma gargalhada.
- Vê lá, vê. – disse num tom sério – Com tanta piada, ainda te cai um dentinho.
Desta vez atravessei a multidão sem me importar se tocava ou não nas pessoas. Queria estar com Bella, senti-la nos braços, saborear ou seu cheiro e ouvir o seu coração. Queria sentir tudo o que me fazia sentir mais humano.
- Voltaste! – disse-me Bella com um sorriso quando me viu chegar ao pé dela e de Charlie. Virou-se para ele – Importaste que dance com o meu marido? - e olhou para mim a sorrir quando disse isto.
- Claro que não. Mais uma dança para os noivos! – respondeu Charlie com um pequeno sorriso. Afastou-se e entregou-me a mão de Bella.
A sensação de a ter de novo nos meus braços apagou tudo o que estava a minha volta. O calor e a cor da sua pele que constratava com a minha. O seu cheiro maravilhoso que era o ar que eu queria respirar. O seu coração, aquela melodia incerta que eu tanto adorava. Bella estava de novo junto de mim.
- Hummmm – suspirei.
- Eu sei, também estava a sentir a tua falta. – sussurou Bella.
- Mas agora lês pensamentos? – ri-me.
- Não, mas conheço-te bem o suficiente para saber que sentias tanto a minha falta como eu sentia a tua. – confessou vaidosamente.
- Realmente tens razão. Também pensei que estivesses com saudades minhas, embora não pudesse ter a certeza...
- Eu sinto sempre a tua falta quando não estás perto de mim. – confessou, sorindo e enconstando a cabaça ao meu peito. Institivamente apertei-a mais contra mim. Como era bom estar assim... – Conseguia viver assim.
- Não me digas que já conseguiste ultrapassar o problema da dança. – disse-lhe com um sorriso torto.
- Não é assim tão mau... contigo. Mas estava mais a pensar em... – e chegou-se para mais junto de mim (como se isso fosse possível...) – nunca mais me seprar de ti.
- Nunca mais – prometi-lhe enquanto me inclinava para a beijar. Quando finalmente toquei com os meus lábios nos seus parecia que o mundo tinha deixado de existir. Nem havia gravidade que nos segurasse, era como se o amor que nos unia nos fizesse flutuar. Os lábios de Bella moviam-se ao mesmo ritmo que os meus transmitindo tudo aquilo que sentíamos. A certa altura consegui ouvir o coração de Bella a bater a uma velocidade estonteante, Bella seria sempre assim. Pelo menos enquanto fosse humana. Estava literalmente nas núvens, quando ouço:
- Bella! Já está na hora! – gritou Alice.
Por amor da Santa, por tudo o que há de mais sagrado, – se é que há coisas sagradas no mundo dos vampiros... – será que Alice podia ser um bocadinho menos irritante e mais pretinente? Estava a beijar a minha Bella, a mulher da minha existência! Sinceramente... Será que já nem podia estar em paz com Bella? Queria aproveitar o momento...
Mas nem lhe prestei atenção, simplesmente apertei Bella contra mim e pressionei mais ansiosamente os meus lábios contra os seus.
Alice pensou qualquer coisa num tom ameaçador, mas nem sequer percebi o que era. As palavras entravam-me na cabeça, mas não faziam sentido. Estava noutro mundo.
- Querem perder o avião? De certeza que vão ter uma Lua-de-Mel magnífica, ali acampados no aeroporto à espera do próximo vôo. – “Não me ouviste à primeira? Eu juro que lhe conto onde é a Lua-de-Mel.” Não... Alice não seria capaz...
- Vai-te embora, Alice. – disse-lhe quando virei um pouco a cabeça para deixar Bella respirar, embora tenha colado imediatamente os meus lábios aos dela quando acabei de falar.
- Bella, queres fazer a viagem vestida dessa maneira? – perguntou Alice. Bella nem lhe respondeu, limitou-se a continuar a beijar-me.
- Foste tu que me obrigaste a fazer isto. – disse Alice num tom baixo. – Edward, vou contar-lhe para a onde a vais levar. Juro-te que vou. – “E não estou a mentir.” Só para comprovar o que tinha dito, Alice teve uma visão e esta era “movimentada”, não era só uma imagem parada. Nela Alice dizia:
“- O Edward vai levar-te para a Ilha Esme. – dizia Alice com um sorriso.
- Ilha quê? – perguntava Bella confusa.”
Fiquei tenso debaixo do abraço de Bella. Não, não, Alice não seria capaz. Não, não podia deixar que isto acontecesse. Não, tinha que ser surpresa. Afastei a custo a minha cara da de Bella e disse a Alice entre dentes:
- És pequena de mais para seres tão irritante.
- Não andei a escolher o vestido de viagem perfeito para agora o desperdiçar. – disse enquanto pegava na mão de Bella – Bella, vem comigo. – acrescentou enquanto a puxava
Bella ainda tentou resistir ao puxão de Alice e beijar-me mais uma vez, mas Alice não deixou e arrastou-a atrás de si. É claro que as pessoas mais próximas se riram da situação.
Estávamos prestes a partir para a Ilha Esme. O verdadeiro desafio estava quase a começar. Inspirei fundo uma vez e dirigi-me para o interior de casa, onde já se encontravam várias pessoas para se despedirem de mim e de Bella. A primeira pessoa que vi foi Carlisle.
- Filho, vai correr tudo bem. Sabes o que vai acontecer, portanto não fiques nervoso. – disse Carlisle num tom calmo.
- Com essa conversa estás-me a por mais nervoso, Carlisle. – “Não era minha intenção, desculpa” pensou ele – Oh, eu sei! Obrigado por tudo, Pai.
- Não agradeças – disse enquanto me dava um abraço – Até breve.
- Eh, eh. Não me venham com essas lamechices agora. – disse Emmett quando chegou ao pé de nós. – O meu irmão quando voltar já vai ser um homem a sério. – disse a rir-se.
- Emmett, não me venhas com tretas. Sou mais homem do que tu. – disse-lhe eu na brincadeira – A verdade é que vou estar igual. Simplesmente, irei ter experimentado umas novas sensações.
- Pronto, tens razão, meu. – disse com o seu sorriso de sempre – E acredita que as vais querer repetir…
- Cala-te. – e dei-lhe um murro no braço.
- Pronto, já sei, estou sempre a dizer baboseiras… Mas, meu, até breve. – e retribui-me o murro no braço.
- Não fazes por mal… A Rosalie? Queria despedir-me dela. – perguntei-lhe.
- Está ali – e virou-se para apontar para o canto oposto da sala.
- Obrigada – disse já meio do caminho. Quando cheguei ao pé de Rose, abracei-a. Ela não estava à espera, visto que não é algo comum em mim andar aí a abraçar as pessoas.
- Estás muito simpático hoje, maninho. É tudo por causa do casamento? – disse-me com um sorriso na cara.
- Obviamente. Rose, não posso ficar a falar muito tempo, a Bella está quase a descer, mas queria só voltar a agradecer-te por tudo e despedir-me de ti.
- Já te disse para não me agradeceres. E boa sorte. Boa sorte? Nem sei o que te diga… - disse envergonhada.
- Talvez seja o mais indicado… - disse a rir-me. – Até daqui a pouco tempo.
- Até breve, Edward – despediu-se com um sorriso.
Despedi-me de Jasper e de Esme. Jasper voltou a relembrar-me tudo o que tinha dito na conversa que tivéramos há pouco tempo atrás. E Esme “chorava” de emoção. Dei-lhe um abraço muito apertado e dirigi-me para as escadas. Bella estava mesmo a começar a descer, vinha abraçada a Reneé que vinha a chorar. Estendi a minha mão para Bella e esta pegou nela mal chegou ao fim das escadas. Já não estava com o vestido de noiva, mas sim com um conjunto azul-escuro – a cor que lhe ficava melhor.
- O pai? – perguntou-me. Foquei-me nos pensamentos de Charlie e consegui ouvi-los: “Vou sentir a falta da minha Bells. Quem é que me vai fazer companhia? Vou ser um velho solitário… Ai, Bella…” . Charlie estava na parede oposta aquela onde nós estávamos.
- Ali – disse-lhe baixinho enquanto a fazia passar por entre a multidão. Encontrámos Charlie encostado a uma parede com cara de quem tinha estado a chorar. Bella, mal o viu, desatou a correr e foi abraça-lo. Queria deixá-la falar com Charlie em paz, por isso afastei-me e dirigi-me para a porta de casa.
“Desejo-vos tudo de bom” Era o que os vários vampiros presentes na sala pensavam.
Bella chegou-se ao pé de mim e eu abracei-a apertando-a contra mim.
- Preparada? – perguntei-lhe seriamente.
- Sim. – retorqui-me com o mesmo tom de voz. Curvei-me de maneira a puder beija-la mais uma vez. Toda a gente que assistia, aplaudiu.
Quando a acabei de beijar virei-me para a entrada e saí meio apressado, não queria levar com arroz
Entramos no carro decorado com sapatos e dei a minha mão a Bella, pois podia muito bem conduzir com uma só mão. Acelerei logo de seguida. Queria chegar o mais cedo possível ao aeroporto, para pudermos chegar rapidamente ao Brasil.
- Amo-vos!! – gritou Bella par fora da janela. Apertei-lhe a mão e disse-lhe:
- Amo-te. – Bella chegou para mais próximo de mim e encostou a sua cabeça ao meu braço.
- É por isso que estamos aqui – sussurrou-me. Virei-me na sua direcção e beijei-lhe o topo da cabeça.
Estávamos a entrar na auto-estrada quando ouvi um uivar baixinho, baixinho demais para Bella ouvir, mas, mesmo assim, acelerei logo de seguida. Um segundo uivar se ouviu. Este alto o suficiente para Bella ouvir.
“Juro que te irei matar.” Foi o que Jacob pensou depois de parar de uivar.