Quinta-feira, 11.02.10

Boa noite Twilighters.
 
Capitulo 5 parte 3
 
Espero que gostem!
 
«Summer»
 
[Último parágrafo]
 

- Keith? – Perguntei baixinho, a minha voz carregada de dúvidas e confusão.

- Edward. – Falou Stephenie e correu na sua direcção. – Edward desculpa.

Senti o meu coração falhar uma batida quando ele não desmentiu o nome e em vez disso abraçou Meyer.

- Não faz mal. – Disse ele enquanto a confortava e olhava para mim. – Está na hora!

 



V.3

- Não compreendo. – Disse em voz baixa recuando até me encostar ao lava loiças.

 

- Summer, por favor. Escuta-me. – Disse Edward enquanto se aproximava, com passos curtos.

 

Um turbilhão de ideias varria-me a cabeça. Revi a primeira vez que tinha visto Keith e a sensação de familiaridade que senti. No entanto, nunca pensei que ele pudesse ser o meu próprio pai. Julgava-o morto, assim como toda a minha família. Edward continuava a aproximar-se devagar, estendeu uma mão para me tocar.

 

- Não me toques. – Disse entre dentes.

 

Ele suspirou profundamente, baixou o olhar e quando me voltou a encarar os seus olhos estavam tristes.

 

- Eu compreendo a tua confusão e a tua raiva. Devia ter-te contado quem era assim que te vi…

 

- Pois devias. – Interrompi-o com a fúria espelhada no olhar.

 

Stephenie fechou a porta da cozinha para que a nossa conversa não voltasse a acordar mais algum dos seus filhos ou o seu marido.

 

- Summer… - Tentou Edward outra vez.

 

- Eu pensava que estavas morto. – Fiz uma pausa e ele abriu a boca para voltar a falar, mas interrompi-o novamente. – Como foste capaz de me abandonar?

 

- Eu não te abandonei. – Disse ele em voz baixa.

 

- Ai não? Então onde é que estiveste estes 6 anos? Se não me abandonaste porque é que nunca mais te vi desde que nasci? – A minha voz aumentava a cada pergunta.

 

- Summer, por favor, deixa o teu pai explicar. Dá-lhe uma oportunidade para que se defenda. – Interrompeu Stephenie.

 

Sim, ela tinha razão. Eu também queria saber quais as desculpas que ele me iria dar para se ter ausentado durante tantos anos. Bufei, tentando acalmar a minha raiva, cruzei os braços ao nível do peito e fiquei à espera que Edward falasse.

 

- Porque não nos sentamos? – Disse-me calmamente apontando com o queixo as cadeiras onde, anteriormente, tinha estado com Stephenie.

 

- Estou bem aqui. – Falei entre dentes.

 

Edward inspirou profundamente, susteve o ar durante uns segundos e depois expirou suavemente.

 

- Muito bem. – Falou. – Irei contar-te toda a verdade.

 

Emiti um som de desdém. Quantas vezes me tinham dito que me diziam a verdade? Quantas dessas vezes me falaram, realmente, do que era verdadeiro?

 

Edward fez uma pausa antes de começar. Stephenie sentou-se numa das cadeiras que se encontravam junto do balcão de mármore e olhava para ele com interesse.

 

- A gravidez da tua mãe apanhou toda a gente de surpresa, especialmente a mim… - Começou por dizer. – Nunca antes, algo assim, aconteceu. Nós pensávamos que os vampiros eram estéreis. Apesar de tentarmos demover a tua mãe a continuar com a gravidez, porque tínhamos medo do que poderia acontecer, ela nunca desistiu de ti. Contra tudo e todos levou a gravidez até ao fim. Certamente já leste acerca do que se passou nesses meses no livro da Steph.

 

Abanei levemente a cabeça a confirmar. Ele prosseguiu.

 

- Mas é no parto que a história do livro se desliga da realidade. Quando a tua mãe começou a dar a luz, eu e o teu avô percebemos que ela nunca iria ter forças para aguentar todo o processo. Tentamos realizar uma cesariana mas era muito difícil. Com as dores das contracções e contigo a andar de um lado para o outro da barriga à espera de nascer era impossível realizar um corte limpo. Só quando o sedativo começou a fazer efeito é que foi possível realizar a cesariana. Quando o Carlisle te tomou nos braços e te pousou no colo da Bella ela disse:

 

“Edward, a nossa filha é tão linda.”

 

“Claro que é. É tua!” Beijei-a e sorri-lhe enquanto lhe passava a mãe pela testa, limpando algumas gostas de suor que escorriam. Ela retribui-me o sorriso e depois ao dirigiu toda a sua atenção para ti. Nesse momento abriste os olhos e sorriste, mostrando a tua dentição já completa.

 

“Edward, temos que a chamar Summer. É tão quente como um dia de Verão.”

 

- Quando pensava que não me poderia apaixonar mais pela tua mãe ela provou-me o contrário. Em seguida beijou a tua testa e disse que te amava. – Neste momento, uma lágrima escorreu-me pela bochecha. Há anos que não chorava, mas com Edward a contar-me toda a história da minha mãe não resisti. À medida que falava eu lembrava-me de algumas imagens. Memória essas que há muito reprimira no canto mais profundo do meu pensamento, sendo impossíveis de suportar. Sabia que tudo o que me estava a ser contado era verdade.

 

- Depois de o fazer voltou a falar para mim.

 

“Ela tem os teus olhos verdes. Vê só como são lindos.”

 

“São ainda mais bonitos que os meus Bella.” Sorri-lhe. Ela olhou-me directamente nos olhos, perfurando-me com a sua profundidade.

 

“Promete-me que nunca a abandonas Edward. Promete-me que não vais fazer nada de estúpido e que vai tomar conta da nossa filha para sempre.”

 

“Bella, o que…?”

 

“Promete-me Edward. Promete-me que independentemente do que me aconteça tu vai ficar sempre com a Summer.”

 

“Tu sabes que eu não posso viver num mundo onde tu não existas, Bella.”

 

“Mas eu vou existir para sempre.” Olhou para ti que tinhas acabado de adormecer nos seus braços. “Ela é uma parte de nós os dois e vou viver para sempre nessa parte. Desde que estejas com a Summer eu nunca te vou deixar Edward. Promete-me. Eu preciso de ouvir que nunca a abandonarás.”

 

“Eu prometo!”

 

“Obrigada.”

 

- Foi nesse momento que a tua mãe deu o último suspiro. – Os olhos de Edward estavam desfocados, como se não estivesse mesmo ali, à minha frente, mas sim à seis anos atrás, numa divisão da minha casa em Forks. – Entrei em pânico e chamei o Carlisle. Ele voltou a entrar na divisão seguido de Rosalie. Rose pegou logo em ti para nos deixar espaço para que nos pudéssemos dedicar à Bella.

 

Ouvi um pequeno soluço vindo do peito de Edward, como se estivesse a chorar. Um choro sem lágrimas. As minhas lágrimas caiam dos meus olhos, molhando-me a face. Toda a dor que sempre mantivera escondida de toda a gente estava agora exposta. O meu mundo estava a desabar pela segunda vez em seis anos.

 

- Eu tentei de tudo. – Outro soluço abafado irrompeu do seu peito. – Injectei-lhe o meu veneno directamente no coração e mordi-a em vários locais com a esperança que actuasse mais rapidamente. – Fez uma longa pausa. Quando pensei que não ia voltar a falar ele olhou-me profundamente nos olhos. – Quem me dera que tudo tivesse acontecido como em “Amanhecer”.

 

Edward dirigiu-se de cabeça baixa para uma cadeira em frente da Stephenie e sentou-se com delicadeza, voltando-se em seguida para mim, que ainda me encontrava junto do lava loiças.

 

- A tua mãe era tudo para mim. Esperei mais de cem anos para a conhecer e quando me vi sem ela senti-me perdido. Tinha perdido o meu Mundo! Tudo pelo qual me interessei. Fizemos um funeral íntimo, enterrando-a num sítio especial. Estive contigo ao colo durante dois dias seguidos. Mais ninguém te tocava a não ser eu. Mas não conseguia, Summer. Desculpa mas eu não podia ser o teu pai quando nem eu próprio sabia quem era e qual o meu papel neste Mundo.

 

Solucei com a sinceridade e a dor estampada na sua voz. A culpa no seu olhar trespassava-me a alma deixando-me sem fôlego.

 

- Apesar de não ter estado presente nestes anos que passaram eu nunca te abandonei. Estava presente quando deste os teus primeiros passos, no jardim da casa. Quando caíste da árvore enquanto brincavas e até mesmo no teu primeiro dia de aulas. Apesar de não me veres eu estava lá, a olhar-te pelos olhos das pessoas que te rodeavam e ouvindo as tuas palavras, a tua dedicação e vendo os teus sorrisos através delas. Nunca pensei num só segundo em deixar-te, mas precisava de me encontrar.

 

Levantou-se da cadeira pondo-se de pé a poucos metros de mim. Meteu as mãos aos bolsos e olhou para os próprios pés, falando baixo.

 

- Eu compreendo que precises de tempo para digerir tudo isto. É muita coisa a assimilar para uma só noite. Se não me quiseres ver de momento eu vou-me embora e dou-te todo o tempo que precisares até que penses em voltar a aceitar-me. Não te vou pressionar a nada Summer.

 

Entreolhámo-nos em silêncio durante uns longos segundos. Em seguida Edward fechou os seus olhos dourados líquidos e suspirou profundamente.

 

- Eu compreendo. Amo-te Summer.

 

Virou as costas e dirigiu-se para a porta da cozinha, abriu-a e saiu. Percorreu todo o corredor e abriu a porta de saída.

 

- Espera! – Disse eu firmemente correndo para o corredor. Parei à entrada da cozinha, de frente para ele.

 

Edward virou-se na minha direcção. Com as lágrimas agora a cair mais ritmadamente corri na sua direcção, batendo contra o seu peito e agarrando-o com força pela cintura. Enterrei a cabeça no seu peito inalando o seu cheiro, novamente…e pela primeira vez. As minhas lágrimas mancharam a sua camisa cinzenta. Solucei durante uns segundos e então ganhei coragem para que as palavras que me pairavam na cabeça saíssem pela minha boca.

 

- Estive seis anos sem ti. Agora que te tenho novamente não quero passar mais tempo sem ti. Pode demorar um tempo até que me habitue à ideia de que tenho um pai, mas, não quero ficar sem te ver novamente.

 

Ele abraçou-me com força e enterrou o nariz no meu cabelo.

 

- Eu também não quero passar nem mais um minuto sem ti filha.

 

***



Carolina às 21:58 | link do post

De SLopez a 11 de Fevereiro de 2010 às 23:18
Não tenho palavras... Ainda tenho lágrimas nos olhos...
A tua Fanfic está linda! Das mais bonitas que por aqui passam!
Mas devo dizer-te que não consigo imaginar um mundo (mesmo sem existir realmente) onde exista o Edward sem a Bella... Mas é também por isso que a tua Fanfic é das melhores, por ser diferente!
Muitos parabéns :)
Continua a escrever que tens muito talento! :)
Ah e já agora, quantos capitulos tem a fic? Ou ainda estás a escrever?
Beijinho


De Summer a 12 de Fevereiro de 2010 às 12:41
Olá SLopez!

Sim, não sei quantos capitulos tem porque ainda estou a escrevê-la! Vou escrevendo à medida que tenho que mandar para o TP!

***


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