capítulo vinte e quatro
Jacob Black
-Vá, vamos lá Max!
-Max?! - Perguntei confuso, mas também enervado. - Porque raio me chamaste Max?
-Oh, sei lá... ocorreu-me, é nome de cão. 'Nã é?
-Vou ignorar isso, a muito custo, acredita. Preciso de um anel para a Nessie.
-Claro Bob, eu ajudo-te com isso! - Berrou, dando-me um soco nas costas.
Senti-me a inchar de raiva. Mas, inspirei e expirei. Precisas de um anel para a Nessie, precisas de um anel para a Nessie... Vais pedir a tua menina em casamento, vais pedir a tua menina em casamento... Oh porra, agora ainda estou mais nervoso!
Tudo o que eu faço está a correr mal, nada está a sair bem! Nem acredito que vou pedi-la em casamento... Já nos consigo imaginar. Cerrei os olhos, e deixei-me levar... "Duas belas meninas morenas corriam alegres por um campo multi colorido, com doces odores, fresco mas também quente, refugiado por um Sol caloroso e carinhoso. O céu exibia um azul suave e esbatido, limpo, desimpedido de quais quer nuvens. Apanhavam flores naquele mágnifico campo.
Apareceu depois a mais magnifica das flores, a minha Nessie. Exibia um grande sorriso, mas também uma enorme barriga.
-É um menino, amor.
Corri pelo campo, e abracei-a. Por trás de nós encontrava-se uma bela casa de madeira, e uma praia mais ao fundo.
Enquanto fazia festinhas na sua barriga contemplava a sua aliança.
De repente vozes eufóricas começaram a surgir como trovões. Era uma voz. E apareceu depois, trazendo consigo um céu negro, pesado e carregado, uma sanguessuga que começou a destruir todas as flores, deixando com medo as duas jovens iguais.
Depois, como nos filmes, soltou uma gargalhada maléfica, dizendo;
-Show de bola! Muahahahahahah! "
-Então, já acordaste?! Estavas a sonhar com o quê? Com um ossinho, não?
-Cala-te estupido! Estragaste tudo! -Zumbei-lhe.
-Tudo o quê?
-Emmett, vamos entrar na porcaria da loja, e comprar o anel!
-Oh está bem, anda. Desculpa lá meu, é que... dá gosto enervar-te. - Disse enquanto começava a caminhar.
Olhei-o de lado, e preferi não responder, em vez disso, comecei a caminhar a seu lado.
Entrámos numa loja enorme, e toda ela muito... chique, cara, luxuosa... sei lá, tantos adjectivos. É mesmo aquela loja onde só vão os engravatadinhos carregados de papel.
Toda ela era em tons de dourado, castanhos e bejes, tinha muitas vitrines e montras de vidro, carregadas de jóias... ouro, prata, diamantes... tanta variedade de peças de joelharia e materiais...
A iluminação era muito forte, o que fazia com que os meus olhos ficassem meio semicerrados.
-Então Jacob, és alérgico ao ouro?
-Não sejas parvo. São estas luzes... Que porcaria, Emmett isto é tudo muito caro. Não tenho dinheiro nem para o papel higiénico que deve usar aqui...
-Quanto tens?
-22$.
-E achas que eu te trazia aqui, se soubesse que não podias comprar nada? Anda lá, páh! A minha sobrinha merece do melhor, do caro e do bom! Eu pago. Não podia deixar que lhe comprasses um anel nos chineses...
-Eu não sou nenhum pobretanas! Não lhe ia comprar nada nos chineses!
-Vá anda lá. - E deu-me um encontrão. - Isto aqui em baixo são só colares, lá em cima estão os aneis, anda.
-Como sabes?
-Venho cá montes de vezes. Compro muitas jóias à Rose.
-Ah... - Deixei escapar. Na verdade... não estava lá muito impressionado. Rosalie-loira-jóias-luxo-rica... combina tudo.
Tentei afastar todos estes pensamentos! Já me dava melhor com ela... já não a achava tão... pomposa. Apercebi-me de que ela tem coração. Tem mesmo?Mas não é isso que importa. O que importa é que nos está a apoiar nesta histórias da bebés... ai, as minhas filhas...
Suspirei.
-Anda lá! Vamos despachar-nos sim? Estou cheio de fome... aqueles ursos não me saem da cabeça.
-Sim, vamos – Disse, obrigando-me a regressar à realidade. Agora apenas tinha de me focar numa coisa. Ecolher o anel perfeito para pedir a Nessie em... casamento.
Subimos umas escadas em espiral, que nos levaram para o piso superior, que era igualmente luxuoso como o de baixo. Do lado esquerdo, ao fundo, tinha um grande balcão, com dois funcionários. Um velho todo aperaltado que parecia que tinha um pau espetado de tão direito e certinho que estava, e uma rapariga nova, com belos cabelos dourados encaracolados. Era... bonita.
-Hey, a Carol é boa, mas não te metas com ela. Tens mente de gajo, sei no que estás a pensar.
-Não estava a pensar em nada disso! Mas que eu saiba, também és comprometido. Que tens a ver com ela?
-Bom, digamos que uso o meu charme para descontos...
Preferindo não comentar, comecei a andar, mirando cuidadosamente todas as montras, observando todos os aneis.
Eram todos muito... exagerados. E caros. Queria algo simples, bonito... algo perfeito para a Nessie. E algo que mais tarde pudesse pagar ao Emmett.
-Então, já viste algum que gostes mesmo?
-Queres que seja sincero?
-Sim.
-Ainda não.
-Desculpem mas, posso ajudá-los? - Perguntou uma voz feminina. Era a Carol.
-Bem, sim... - Disse eu meio envergonhado. - Queria um anel para pedir a minha namorada em casamento.
-Ah... Bem, tem aqui muitos por onde escolher! Tinha algo em mente? Já agora, chamo-me Caroline. - Carol, hein?
-Carol, meu docinho – começou o Emmett – como vais?
-Se me permite, vou ajudar este cavalheiro. - Disse, virando-se para mim, e começou a movimentar-se, mostrando vários aneis.
-Bem, gostava de algo simples... bonito... jovem...
-Hum, siga-me então, por favor. - Disse, e fiz o que me pediu. Segui-a, e levou-me até ao balcão, que também ele tinha aneis refugiados por uma parede de vidro. -Este aqui é lindissimo – Disse tirando-o, mostrando-mo.
-É muito grande... e tem muitos diamantes. - Disse eu, tentando não esboçar uma careta repulsiva. Aquilo era realmente feio. Não “feio, feio”, mas... muito exagerado... à velha.
-Bem, tem aqui mais uns... Mas tem de ter em conta que é um momento especial.
Comecei a examinar todos os aneis atentamente...
-Olhe este, tem um enorme diamante rosa, em forma de coração, e todo ele é rodeado por pequenos diamantes naturais e ouro... Este aqui, possui...
-Este! - Gritei, interrompendo-a.
-Desculpe?
-Este! É este! Quero este anel, por favor! - Pedi, apontando para o dito.
O Emmett aproximou-se, e a fazer cara de parvo, agaxou-se a observar o anel. - É foleiro. - Disse por fim.
-Não é nada. É perfeito!
-Oh meu, eu não gosto mesmo. A minha sobrina merece melhor! Isso é muito barato e simples para ela.
-Emmett, primeiro, sempre quis algo simples e bonito. Segundo, quanto mais barato melhor, mais depressa to pago. Terceiro, quem tem de gostar sou eu. - Zumbei-lhe, e continuei a mirar o anel. Era aquele. Tinha de ser aquele. - Mostre-mo, por favor – Pedi.
Ela desinteressada, fez o que lhe pedi, e retirou o anel da pequena montra de vidro, da sua caixinha de veludo vermelho. Era realmente bonito.
Não percebo muito destas coisas... mas aquele pequeno anel agradava-me, e conseguia imaginar a Nessie com ele.
Billy Black
Ainda a pragejar, abri a porta e entrei dentro de casa. Pousei as duas latas de Vitamina R para o meu jantar, bem como um belo de um franguinho assado.
Realmente aquele jogo tinha sido uma roubalheira! Como era possivel?! Tinhamos sido roubados à força toda!
-Pacóvios! - Enervei-me mais uma vez.
Mas o pior e o que me deixava agora preocupado, é que o Charlie não tinha ligado nenhuma àquela derrota... não era dele. Estava muito preocupado com a miúda. Ou melhor, com as miúdas... tanto a Bella como a Nessie não o visitam à semanas. Está tão preocupado... esta situação é demasiado forte... Tenho mesmo de ter uma conversa com ele, e explicar-lhe. Mas não só com ele, com o Jacob também, para ver de convence os Cullen a deixarem o Charlie receber a visita da filha e da neta... e das... bisnetas.
Ai, ai... vou ter netinhas. É pena que não sejam rapazes... Mas posso sempre tentar ensiná-las a pescar, e pode ser que venham a gostar de ver os jogos de basebol...
Estou tão curioso para ver como serão... Espero que saiam ao avô Billy! E que não sejam sanguessugas, não as quero a cheirarem mal...
-Pai!!! - Gritou Jacob, entrando de repente dentro de casa. Assustado, deixei cair o pacote das bolachas.
-Assustaste-me! - Ralhei. - Limpa o chão!
-Espera, olha só!
-O quê? - Perguntei ao ver o seu ar feliz.
-Já comprei o anel à Nessie!
-Ah, deixa cá ver! - E dito isto, tirou do bolso uma caixinha de veludo vermelha. Abriu-a e vi o anel. Abri a boca. - Mas tu assaltaste um banco?