Segunda-feira, 05.04.10

Deixo hoje aqui uma FanFic extra, como recompensa de não ter sido postada nos dias anteriores. É uma das três novas FanFic's deste mesmo. Espero que gostem. Boa leitura!

 

Capitulo 1 (O encontro)

 

-Rápido, atrás dela. Apanhem-na! – gritava um deles enquanto me perseguia a toda a velocidade.

A minha capacidade de escudo impedia que eles me atacassem por isso, tudo o que poderiam fazer era correr atrás de mim. Mas, eu sempre fui a mais rápida. Quando corria sentia o ar ainda com mais intensidade, não o vento, mas sim as partículas que o constituem. Sinto os milhões de moléculas a vibrarem à minha volta e quando abro os olhos parece que consigo ver os átomos. Tenho mais de um século de vida e acho que nunca me irei habituar a esta sensação… Raios, não era altura para me distrair, pensava demais. Ao longe, avistei o mar e sabia que aquela era a minha única esperança. Ao chegar ao cais mergulhei e rapidamente senti a água fria em contacto com a minha pele. Apesar de estar cansada, comecei a nadar à maior velocidade possível. Braçada após braçada deixei de os ouvir, animada continuei…

--------

 

Ao fundo observava o pôr de sol, os seus raios tingiam o céu de uma cor violeta avermelhada, era o inicio de um novo dia. Um dia a mais na minha eternidade. Com o passar do tempo, este tornava-se mais longo, os minutos pareciam demorar horas e as horas dias. Contudo, tornava-se rotina. Quando estava acompanhada era mais fácil, mais rápido, mas frequentemente era sozinha que me encontrava.

Enquanto me sentava na praia, que avistei ao longe quando nadava, e via o pôr-do-sol, lembrei-me do que gostaria ter esquecido, memórias dolorosas. Parecia que tinha sido ontem no entanto, foi à mais de um século. Na minha forma ainda humana, com os cabelos castanhos apanhados na minha nuca e os meus olhos castanhos a brilharem de amor, debruçava-me sobre a minha escrivaninha enquanto escrevia: “ Claro que aceito. Lamento informar-te mas, desde que te vi pela primeira vez, desde que olhei para a imensidão do verde dos teus olhos, percebi, percebi logo, que fizesse o que fizesse já estava incondicional e irrevogavelmente apaixonada por ti. Parece que vais ter que me aturar por muitos anos. Amo-te Edward Masen, para todo o sempre”. Naquela altura não me apercebi de como as minhas palavras eram verdadeiras, de como ainda agora o amo. Naquela altura ele não me respondeu à carta, fez-me perder toda a minha esperança. Só semanas mais tarde é que toda a minha raiva foi substituída por uma dor profunda e agonizante, que ainda hoje me acompanha, ao saber que ele morreu. Se eu pudesse chorar, libertar toda esta mágoa, talvez o meu sofrimento fosse mais suportável, mas a verdade é que na minha condição tudo o que me resta fazer é sentir e acumular. Estou insuportavelmente condenada.

Como se acordasse de um sonho olhei para a minha pele e vi que brilhava, o sol já estava no seu esplendor. Tinha que recorrer ao meu plano de emergência que já estava estabelecido. Há umas semanas atrás, tinha planeado a fuga. Encontrei uma pequena cidade onde o sol raramente aparecia, Forks. Comprei uma pequena casa e matriculei-me na escola. Era um bom sítio para ficar por uns tempos. Nunca tinha estado lá, mas pareceu-me ser agradável. Levantei-me e comecei a correr, primeiro que tudo tinha que saber onde estava. Depois de uns minutos encontrei um café. Entrei e rapidamente senti aquele aroma a sangue humano, o veneno já estava nos meus dentes. Tinha mesmo que ir caçar. Controlei-me como sempre fazia e dirigi-me a uma rapariguinha que parecia ser muito simpática.

- Olá, desculpe incomodá-la, mas poderia-me dizer onde me encontro e se estou muito longe de Forks? – Perguntei com o meu melhor sorriso

A rapariga ficou parada a olhar para mim, já estava habituada aquela reacção por parte dos humanos, aliás eu era um monstro que servia para cativar os humanos. Tudo em mim era irresistível para eles, o meu rosto e corpo, a minha voz. Finalmente ouvi-a responder:

- Não fica muito longe daqui. Mais ou menos cem quilómetros. – Ela estava nervosa e quando olhou para a minha roupa… - Meu deus, o que lhe aconteceu? Está toda molhada! Precisa de ajuda?

- Não se preocupe. – sorri delicadamente - Tive um pequeno acidente. Posso-lhe perguntar como é que se vai para lá?

- Hum, vá por esta estrada sempre em frente e irá encontrar as indicações de que necessita. De certeza que não necessita de nada?

- Não se preocupe. Obrigado pela atenção. – Dei um último sorriso e voltei-me para a porta, saindo e dirigindo-me para o meu destino. Às vezes parece que a sorte está do meu lado. De todos os sítios onde poderia ter “naufragado”, foi neste pertíssimo de Forks.

Dez minutos depois já estava em frente à bonita casa que tinha comprado. Era pequenina, com umas portadas e alpendre brancos sobre um fundo amarelo, ou seja, perfeita. Dirigi-me a um pequeno vaso e retirei uma chave que estava por debaixo deste. Abri a porta e entrei. Sentia que ao longo da minha vida esta tinha sido a casa mais maravilhosa que adquiri. Só tinha estado aqui uma vez muito brevemente para assinar contrato e fazer a “mudança”. Já sabia que iria necessitar dela por isso, deixei aqui algumas roupas, dinheiro, documentos, carro e tudo o mais que era essencial. Aproximei-me de um pequeno telefone e liguei para a escola avisando que amanha já iria começar. De seguida, subi as escadas, tomei banho e preparei-me para ir jantar, pensei com ironia.

-----------

Dentro do meu carocha amarelo, percorria a estrada que me levaria à minha nova escola. – Primeiro dia de aulas…- murmurei com desagrado. Ainda era cedo, ou seja, era a melhor altura para eu ir explorar as instalações. Quando cheguei reparei que só estava estacionado um carro no parque de estacionamento, um volvo prateado. Que estranho não costuma haver pessoas a esta hora… Abri a porta e o cheiro atingiu-me com surpresa. Era um aroma agradável e exótico, um odor não humano de vampiros. Pensava que era a única aqui, só me restaria ser o mais agradável possível e esperar que pudéssemos conviver em paz. Contudo, o que é que eles estariam a fazer numa escola. Só esperava que não estivessem à procura de alimento.

Saí do carro expondo o meu cheiro. Sabia que eles o sentiriam. À minha frente existia uma floresta. Ao dirigir-me para ela como precaução reparei que me seguiam. Passei por árvores enormes até atingir uma pequena clareira onde parei.

- Quem és tu? – Ouvi uma voz desconfiada a perguntar-me. Lentamente virei-me e foi quando a vi. Uma rapariguinha pequena, com o cabelo escuro e espetado. Quando a olhei senti uma enorme empatia. Ao seu lado estavam dois rapazes e uma rapariga.

- Bella. Prazer. Venho para aqui passar uns tempos. Espero que não se importem. – Respondi nervosa.

- Olá. Eu sou a Alice, este é o Emmett, o Jasper e a Rosalie. – disse novamente aquela rapariga, apontando para um grandalhão, um loiro desconfiado e uma popstar (linda, devo acrescentar). – Claro que não nos importamos, vai ser interessante. E pelo que posso ver és uma de nós. – Fiquei confusa com esta última observação até que reparei o que ela queria dizer. Todos eles tinham uns olhos de cor âmbar como os meus, o que significava que eram vegetarianos, ou seja, só bebiam sangue animal.

- Parece que sim. – disse sorrindo. Foi então que senti uma presença atrás de mim.

- O que te trás por cá? – perguntou uma voz masculina, linda, por detrás das minhas costas.

Comecei a virar-me lentamente, não podia fazer movimentos bruscos pois poderiam considerar uma ameaça. Quando o encarei o mundo parou e tudo à minha volta desvaneceu-se. Só existia eu e ele. A minha respiração tremeu e sabia que se o meu coração batesse o seu ritmo seria descompassado neste momento. Olhei para os seus olhos e recordei-me de como eles eram verdes. As suas feições eram as mesmas mas a sua palidez acentuava mais a sua beleza. Ele já era belo então agora… Se eu pudesse verter lágrimas elas estariam a manchar-me a pele, porém era a minha dor que me manchava o rosto, a minha confusão. Desesperada senti-me fraca e o meu escudo físico deixou de me proteger. Só conseguia ouvir a minha voz a recordar-se: “Amo-te Edward Masen, para todo o sempre”. Sem pensar murmurei…

- Ed…Edward.

- E não se esqueça de remover esta mensagem



Carolina às 21:46 | link do post | comentar

25 comentários:
De Ana a 5 de Abril de 2010 às 22:20
Entao, quer dizer que, o Edward que ela ama e que supostamente tinha morrido afinal é vampiro como ela?
Mas porque é que ela fugiu?
O que vai acontecer a seguir?

Estou a gostar do começo.. Continua !

Bjinhus*


De Catarina Baptista a 11 de Abril de 2010 às 14:26
digo sim à primeira pergunta, mas vais ter que ler para saber o resto :P, senão depois não tem graça.
espero que continues a gostar!
Bjinho e bgd


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