Segunda-feira, 12.04.10

Podem ler aqui o segundo capítulo da nova FanFic deste mês, da Catarina Baptista!

 

 

Capitulo 2 (Primeiro dia de aulas)

Ele olhou para mim com um ar confuso, o ar confuso de alguém que não me conhecia. Nesse momento, ao olhar para os seus olhos que outrora sorriam para mim e eram um sinal puro do seu amor por mim, eu senti-me desvastada. Parecia que toda a dor que se havia acumulado em mim durante estes anos todos tinha agora multiplicado. Os seus olhos não demonstravam um minimo reconhecimento. O que mais me irritava é que eu não sabia se havia de me sentir contente por ele ainda estar vivo, ou se havia de sentir raiva e traição. Eu tinha que sair dali, não suportava continuar a olhar para ele. Como uma espécie de resposta às minhas preces ouvi o toque da campainha a tocar.

- Bem, não quero chegar atrasada no primeiro dia de aulas, por isso vemo-nos depois…- disse no momento em que Edward se preparava para dizer alguma coisa. Virei costas e retomei o caminho, deixando todos eles pasmados a olhar para mim. Quer dizer, todos não. A Alice olhava para mim com um sorrisinho nos lábios, porque é que seria…

Edward POV

Todos os meus irmãos se haviam aproximado pela frente, menos eu. Pensei que em caso de conflito o melhor seria surgir por trás. Assim, ela ficaria encurralada. Como tinha tomado um caminho mais longo, quando lá cheguei já tinham sido feitas as apresentações. “Ela chama-se Bella. E parece ser simpática!” ouvi a Alice a dizer-me pela sua mente.

- O que te trás por cá? - perguntei. Não sei como aconteceu mas, de repente, senti que tinha que a conhecer melhor. Por isso, a pergunta soltou-se de repente pela minha boca. Senti-me incomodado, tal não costumava acontecer. Eu costumava ser ponderado. Mal ouviu a minha pergunta começou a virar-se para mim cautelosamente. O seu corpo era delgado com formas perfeitas e quando a encarei esqueci-me de respirar, não que eu necessite. Ela era simplesmente linda. Tinha uns cabelos castanhos que caiam em cachos longos; a sua pele era pálida cor da neve, o que fazia um maior contraste aos seus cabelos; e os seus olhos eram ambâr, uma cor dourada, igual aos meus. Nunca uma rapariga me havia atraido tanto à primeira vista e de algum modo eu sentia que esta não era a primeira vez que nos viamos. Contudo, quando olhei mais profundamente, a sua cara transmitia dor e surpresa. Parecia que se pudesse choraria. Mas o que é que eu lhe havia feito…

- Ed… Edward.- Ela gaguejou. Como é que ela sabia o meu nome. Era impossivel. Foi então, que de repente, reparei em algo. Não conseguia ler a sua mente. Fiquei tão absorto na sua beleza que nem me tinha apercebido. Talvez não me esteja a concentrar suficientemente bem. Tentei de novo e nada. Parecia que existia um vazio nos seus pensamentos. “Eu também não consegui prever a sua chegada. Deve ser a sua capacidade…” disse-me Alice “ No entanto, quando ela olhou agora para ti tive uma visão”. Olhei para Alice curioso. Já ouvira falar de vampiros com capacidade de escudo, não podiam sofrer nenhum ataque psicológico.

Tinha que lhe perguntar como é que ela sabia o meu nome, eu nunca me esqueceria de alguém como ela. Ao abrir a boca para lhe perguntar fui interrompido pelo som da campainha da escola.

- Bem, não quero chegar atrasada no primeiro dia de aulas, por isso vemo-nos depois…- disse ela.

- Podes crer que nos vamos ver, ainda temos muito para falar. – disse muito baixo de modo a que só ela ouvisse.

Quando ela saiu a correr voltei-me para os meus irmãos que me olhavam confusos e espantados. Claro que só podia ser o Emmet a romper aquele clima…

- Ei maninho parece que arranjas-te uma nova pretendente. Ela é podre de boa. É verdade, até as minhas hormonas se entusiasmaram um bocado. – dito isto, a Rosalie soltou um rosnar nada amistoso – Mas meu amor, não te preocupes. Tu és a única mulher da minha vida. – disse o Emmet, com medo, à Rose.

- Que visão é que tiveste Alice? – Perguntei deixando todos parados a olhar para ela. Eu próprio poderia ter visto a visão, no entanto ela pôs-se a pensar em roupas. Alice não queria que eu soubesse o que ela tinha visto.

- Lamento maninho, mas não te posso dizer. Primeiro vou falar com a Bella.

- Tu nem a conheces, pode ser perigoso.

- Não é. Eu e a Bella vamos ser as melhores amigas. – respondeu pondo um sorriso enorme na cara. – Agora, também nós deviamos ir indo.

Bella POV

Ao entrar na escola todos os rostos se viraram para mim. Odiava ser o centro das atenções. Sentia as conversas a pararem à minha volta, os olhos a analisarem-me, as respirações ofegantes e sobretudo o cheiro. Só depois de muita práctica é que me habituei a resistir ao cheiro, o incrivel aroma do sangue humano. Esta escola parecia, num sentido irónico e verdadeiro ao mesmo tempo, um restaurante cheio de pratos deliciosos e requintados. No entanto, como eu estava de “dieta” tinha que me controlar. A verdade é que depois das aulas tinha que ir caçar outra vez, ajudava a aliviar o ardor que sentia na garganta. A minha primeira aula seria Biologia, quando entrei na sala sentei-me na única mesa que estava vazia. Prendi a respiração para não me sentir tentada e deixei a minha mente divagar para o encontro na clareira. O único homem que eu alguma vez amei foi Edward Mansen e fui correspondida. Desde o primeiro momento em que nos vimos sentimos que eramos o destino um do outro e passado uns meses ele pediu-me para casar. No entanto, quando escrevi a carta a aceitar o seu pedido, nunca mais obtive resposta. Foi então que descobri, que ele e a sua familia tinham morrido, sozinhos, num hospital. E agora venho a descobrir que ele ainda está vivo e é um vampiro. O pior? Ele não me conhece, isto só pode querer dizer que eu nunca signifiquei nada de mais para ele. Todo o nosso amor foi uma mentira? Sinto que sim. E apesar de a mágoa ser o meu maior peso, sinto que também eu me traí. Porquê? Porque quando o vi, quando vi aquela cara, aqueles olhos, senti uma vontade imensa de me aproximar e de o beijar. Ele ainda me faz inspirar amor, só quero me aproximar dele e relembrar o que outrora fomos. Mas não posso! Não posso voltar a sair magoada desta história. Vou tentar ignorá-lo, espero que consiga.

Agora que estava mais apaziguada tentei concentrar-me nas aulas. Foi então que reparei que tinha um parceiro de mesa que estava a olhar atentamente para mim. Ao virar-me para o cumprimentar, fiquei paralisada. A minha cara adquiriu uma expressão que não demonstrava nenhuma emoção e com um sorriso frio voltei a minha atenção para o professor. Raios, não me apercebi dele ali porque prendi a minha respiração. Porque é que ele estava a olhar para mim…

- O que é que eu te fiz? Nem sequer te conheço! – murmurou ele numa voz tão baixa que apenas os nossos ouvidos conseguiam detectar.

- Pois o problema é exactamente esse. – ele ficou desorientado com esta minha resposta

- Como é que sabias qual era o meu nome?

- Penso que este não é nem o local nem o momento para se falar… - disse com uma voz ríspida

- Estás com medo de alguma coisa – ele disse com um sorrisinho cínico

- Odeio-te Edward Mansen – não acredito. Disse isto sem pensar. Ele olhou-me ainda mais confuso.

- Como é que sabes o meu nome de humano? - Olhei incrédula para ele. Afinal ele lembrava-se da sua vida de humano. Só não se lembrava de mim.

Nesse momento deu o toque de final de aula. Estava sempre a ser salva pelo toque. Levantei-me o mais rapidamente possível e saí. Fui até ao meu carro e sentei-me a ouvir Claire de Lune, era a única música que me acalmava. Fechei os olhos e ao som de cada acorde sentia-me a relaxar. Era magnifico ouvir música, porque eu como vampira sentia-a de uma maneira que os humanos não sentem. Os sons eram diferentes, não eram simples notas mas sim melodias que dançavam com o ar envolvente. Assim, sempre que ouvia uma música parece que assistia a uma dança única de sons harmoniosos que se movimentavam à minha volta fazendo-me flutuar. Quando a música acabou, senti que batiam na porta do meu carro. Era a Alice. Fiz-lhe um gesto para entrar.

- Desculpa estar a incomodar Bella – pela cara dela, ela não tinha muita pena de me estar a interromper – mas preciso de falar contigo.

- Fala à vontade – não sei porque mas sentia-me bem na presença dela

- Eu tenho a capacidade de ver o futuro, ou seja, com base nas decisões de cada pessoa eu sou capaz de prever qual será o seu futuro mais provável. No entanto, eu não consegui ver que tu vinhas para Forks nem tive qualquer visão relativa a ti. Por isso, conclui que devias ter a capacidade de escudo. – concordei com a cabeça – Contudo, quando olhaste para o Edward eu tive uma visão.

- Deixei o meu escudo ir abaixo.

- Pois… foi o que eu calculei.

- Já agora posso perguntar o que é que viste?

Ela deu um sorrisinho e respondeu - Tu e o meu irmão juntos.

- O quê? Impossivel!!! – eu disse furiosa – e como é que ele pode ser teu irmão? Ele era filho único! – eu e a minha grande boca. Não sabia estar calada.

- Fomos “adoptados” pelo Carlisle e pela Esme. Como é que tu sabes tanto acerca do Edward?

- Por nada, apenas sei. – estava farta de guardar tudo para mim. Não ia aguentar muito mais.

- Devias desabafar Bella. Tu sabes, assim como eu, que vamos ser grandes amigas. Devias confiar em mim em vez de guardares tudo para ti. Assim sofres mais. Sabes, nós não podemos chorar o que te faz acumular tudo dentro de ti, mas desabafar é a forma que temos para libertar o que nos prende ao passado.

Ao olhar para ela, apesar de mal a conhecer, soube que tudo o que ela dizia era verdade. E decidi que, pelo menos uma vez na vida, ia confiar. Contei tudo sobre mim e Edward. Contei-lhe a minha história, o facto de estar a ser perseguida. Contei-lhe a minha mágoa e confusão. Libertei-me. E realmente soube bem, senti-me um pouco mais leve e sabia que agora ia ter um conselho.

- Sabes Bella não podes ficar chateada com o Edward.

- Pensava que me ias compreender Alice!

- E compreendo mas também o compreendo a ele. Ouve-me primeiro – disse ela antes de eu protestar – O Edward tal como eu, depois de ser transformado, não se lembrava de nada da sua vida humana. As poucas informações que ele obteve foram através de Carlisle.

- Quem é o Carlisle?

- Foi o homem que o transformou. Talvez seja melhor tu falares com ele.

 



Carolina às 21:42 | link do post

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