Sexta-feira, 27.02.09

 

“Eu sempre contei histórias para mim mesma e presumia que os outros faziam o mesmo”, refere Stephenie. “Sabes, é engraçado,  Jane Eyre que é algo que eu li uns 40 milhões de vezes. Há uma cena em que ela mostra os seus quadros a Rochester e  explica que na sua cabeça era completamente diferente. E Rochester responde que ela capturou apenas um fragmento do que estava a ver. Eu costumava pintar e ganhei alguns concursos de aguarelas mas nunca os consegui pintar exactamente como os via na minha cabeça. Mas com a escrita, eu descobri que podia mostrar como os via.”, conclui a escritora.

“Twilight” ganha lugar no universo dos adolescentes, uma arena emocional que é para muitas raparigas, simultaneamente imaginário e absolutamente real. E o rapaz é completamente intoxicado pela miúda. A corte é tudo, o prolongamento do êxtase - porque uma vez consumada - a relação irá mudar  completamente. “A maneira como gere a tensão sexual é incrível” disse Catherine Hardwicke, a realizadora do filme. “Encontras a tua alma gémea e aquela pessoa por quem estás apaixonado e que está apaixonado por ti pode matar-te – é do melhor!”

“Os livros não foram nesse sentido de forma intencional. É porque nestes dias eu sinto falta de quando tínhamos 10 ou 13 anos e um rapaz olhava para ti e meu Deus… tu poderias falar disso durante duas semanas”, explica Meyer

Stephenie sabe que não  é nenhuma Gertrude Stein “Ainda não sou uma profissional. Eu sou apenas uma amadora. Uma rapariga de 13 anos já se imaginou em 14 vidas diferentes, incluindo se casar, se não casar, se gostar de alguém que vive em Paris”, acrescenta a escritora. Mais uma das discussões acerca do seu sucesso como autora tem a ver com o facto de viver rodeada de homens. “Eu vivo numa casa cheia de testosterona. Há sempre desportos na minha TV, não há mais nada excepto hockey e scooters.”


O seu poder como autora está a mudar a sua relação com os seus leitores; antes tinha um número de correspondentes de email controlável, mas agora tem fãs a perder de vista. E enquanto passava de uma desconhecida – uma mãe que escrevia com um bebé ao colo – para uma Superescritora, a imprensa começou a querer saber sobre ela, frequentemente citando a sua religião e especulando sobre se a saga Twilight tem algo de mórmon nas entrelinhas. Meyer diz que a sua fé faz parte da criação do livro como parte de si própria. “Quando se cresce toda a vida com algo, influencia sempre o nosso trabalho”, diz. No entanto, a sua obra não é de forma alguma uma divulgação disso.  Se existem, supostamente, lições de moral disfarçadas sobre abstinência, como os críticos por vezes imaginam, então Meyer fe-lo de forma suave, apesar dela, teologicamente falando, ser uma entusiasta da forma como as suas personagens são – sobretudo, a forma como, para ela, as personagens tem o controlo das suas vidas em vez de permitirem que seja o Mundo a controlá-las. “Como o conceito de livre arbítrio – não existe nenhum sítio onde possamos ser colocados sem que tenhamos opções”, diz, encarnando a sua vertente de professora de igreja que é.  

 

O quinto livro da saga Twilight, uma versão do primeiro livro mas contada da perspectiva do Edward, é uma história mais controversa e mais  interessante. O ano passado, uma fonte não identificada deixou “sair” toda a história para a internet, excepto 6 páginas. Foi um grande golpe. “Agora já ultrapassei a situação, mas sinto-me realmente afastada do projecto. Foi estranhamente desgastante” – conta. Apesar de estar numa pausa neste momento, talvez continue a saga Twilight, mas aparenta ter algum receio de livros em série: “neste momento, acho que sinto algum “medo do palco”” Esta Primavera, a editora Little Brown publicou The Host, o seu primeiro romance para adultos, pura ficção cientifica, na qual uma mulher é controlada pela mente de outra – duas almas numa só pessoa. Também este foi (e como todos os seus livros continua a ser) um Best Seller – na corrida pelo primeiro lugar. Para Meyer, o subtexto foi a imagem física “não sou crítica dos outros, mas sou muito crítica de mim própria “ – conta – “quando estava a trabalhar neste livro, tinha que imaginar a dádiva que é ter um corpo e realmente gostar dele, e julgo que isso foi muito bom para mim.”

 

Ao regressar a casa Meyer descobre que os filhos não estão e que a sua assistente já saiu. Ela talvez seja para a economia editorial o que Detroit foi para a economia americana nos anos 50 mas, no entanto, gere o seu espectáculo como um negócio familiar. Um dos seus irmãos, um estudante de optometria, está encarregue do seu site de internet. O que significa que se uma companhia cinematográfica quiser informações suas disponíveis em stepheniemeyer.com, não basta estalarem os dedos. “Alguém pode querer alguma coisa feita de imediato e terei que dizer: ‘Não, terá que esperar, o meu irmão tem um teste’ – diz – “é um pequeno negócio para mim. As pessoas podem não compreender, mas é uma coisa familiar. Não saberia lidar com a situção se não a mantivesse pequena. Tal assusta-me!”.

 

 

Fonte: Vogue

Tradução: Twilight Portugal


 



Amantes_Imortais às 15:11 | link do post

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