Sábado, 31.05.14

 Dois anos depois de “On The Road” realizado por Walter Salles, Kristen Stewart volta a pôr os pés em Cannes pelo seu papel em ”Sils Maria”, de Olivie Assayas. Magistral em todo o filme, a estrela de Twilight interpreta a assistente de uma famosa atriz, interpretada por Juliette Binoche.

 

 

Como correu a exibição?

Muito bem. Pode ser por ser americana, e nós consideramos o cinema primeiro como um entretenimento, mas não acho que um filme tão descaradamente filosófico como este pudesse interessar a um público deste tamanho. Ainda assim, este foi o caso, acho.

 

Com um papel interpretado por Moretz, a sua personagem encarna a América num filme também muito europeu...

Esta foi a primeira vez que filmei um filme inteiro na Europa, é verdade. A certo ponto, fui considerada para interpretar o papel de Chloe, que depois voltou para ela. Teria sido, eu acho, um erro. Eu queria criticar, através da minha personagem, o consumo massivo das vidas falsas que a imprensa cria. Quando se pensa no assunto, isto é um fenómeno estranho que enriquece uma pessoa. Porquê que divagamos culturalmente? Algumas das minhas falas reflectem exactamente aquilo que acho deste absurdo. Olivier encontrou as palavras certas.

 

O que a fez aceitar o papel?

Depois de Charles produzir “On The Road”, convenceu-me de que Olivier era o realizador perfeito para mim. Eu interiorizei logo o guião. Olivier disse-me que o tinha escrito sem pensar em mim. Na verdade, a sua perspectiva sobre o consumo da arte já estava lá. Pode dizer-se que a minha presença só fez com que algumas passagens fossem mais entusiasmantes, devido às minhas experiências passadas.

 

Conhecia os filmes dele?

“Sils Maria” é muito diferente dos filmes anteriores dele, é muito calmo e pensativo. Juliette convenceu-o a escrever duas gerações de mulheres artistas – aquilo que elas renunciam para viver a sua arte e o que recebem em troca.

 

 


Este é um realizador que filma maravilhosamente o movimento.

Ele orquestra as suas cenas de forma cuidadosa, mas nunca me senti apertada com os meus movimentos. Tinha a sensação de dançar com o câmara, que me acompanhava sempre que me afastava demasiado daquilo que era esperado. As filmagens foram muito livres, fluídas e serenas. Isto é o faz as cenas ainda mais dramáticas, viver ao máximo.

 

Uma palavra sobre a sua colaboração com Juliette Binoche?

Meu Deus, somos tão diferentes! Ela está sempre a repetir-se. Já eu, aprendia vinte falas vinte minutos antes de cada cena. Nós, eu e ela, somos temos o mesmo pano de fundo: mas a nossa forma de atingir as coisas é radicalmente diferente.

 

Está rodeada por uma multidão de assistentes. Inspirou-se neles para o seu papel?

Muito! É uma dinâmica muito interessante. A partir do momento em que a minha personagem percebe que só vai responder a pedidos, sem conseguir dar mais dela mesma, ela vai-se embora. Também vi relações profissionais desmoronarem-se. É triste, porque é um trabalho duro, que consome o teu dia e noite. Adoro filmes que falam de como se fazem os filmes.

 

Em “Maps to the Stars”, de David Cronenberg, em competição em Cannes, Robet Pattinson interpreta um assistente de uma estrela de cinema. Já viu o filme?

Ainda não! Mas verei.

 

Cinco anos depois de “Adventureland”, reencontrará Jesse Eisenberg em “American Ultra”, de Nima Nourizadeh...

Eu e o Jesse temos uma bela relação. Não temos medo de mostrar o nosso nervosismo. É uma comédia de acção muito comercial, mas nós levamo-la a sério. Acredito no que a minha personagem diz em “Sils Maria”: se for bem feito, um filme comercial pode tocar-te. Não é necessariamente o caso com a maioria dos filmes despretensiosos.

 

 

Via

Tradução e adaptação: TP (por Carolina Guimarães)

 

 



Carolina às 17:28 | link do post

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